Cacique Raoni lamenta morte do Papa Francisco e reforça mensagem de paz e união

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Foto: Vaticano
ALMT

O líder indígena Raoni Metuktire, referência internacional na luta pelos direitos dos povos originários e pela preservação da Amazônia, manifestou profunda tristeza pela morte do Papa Francisco. Em um vídeo divulgado na noite desta segunda-feira (21), o cacique Kayapó se mostrou emocionado e recordou sua amizade com o pontífice, com quem esteve pela última vez em 2024, no Vaticano.

“Eu e o Papa somos amigos. Verdadeiramente, eu e o Papa falamos para todos sobre a paz e o bem viver. Mas vejo que alguns fazem guerra, e isso não é bom”, afirmou Raoni em um dos trechos da gravação. Ele disse não saber da enfermidade de Francisco e pediu que, de onde estiver, o Papa continue fortalecendo a luta por justiça e paz entre os povos.

No encontro realizado em maio do ano passado, Raoni entregou uma carta pessoal ao Papa, solicitando apoio para a proteção das florestas e dos direitos dos povos indígenas brasileiros. O documento alertava para os riscos de retrocessos nas garantias constitucionais asseguradas pela Carta Magna de 1988 e denunciava a crescente degradação ambiental no país.

O Papa Francisco, nascido Jorge Mario Bergoglio, faleceu nesta segunda-feira (21), aos 88 anos. Primeiro jesuíta e primeiro pontífice latino-americano, ficou marcado por um papado progressista, voltado à simplicidade, ao diálogo inter-religioso e à defesa das causas sociais e ambientais. Sua liderança buscou aproximar a Igreja Católica das realidades contemporâneas, enfrentando desafios internos e ampliando o alcance de sua mensagem para além das fronteiras religiosas.

A morte de Francisco encerra um ciclo de profundas transformações no Vaticano e no papel da Igreja no mundo atual.

FONTE – RESUMO