Cuiabá lidera investimentos em saneamento no Brasil; Várzea Grande segue entre os piores do país

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Foto: Águas Cuiabá
ALMT

Cuiabá se destacou mais uma vez como a capital brasileira que mais investiu em saneamento básico nos últimos quatro anos. A informação consta na 17ª edição do Ranking do Saneamento, divulgado pelo Instituto Trata Brasil (ITB) em parceria com a consultoria GO Associados. O levantamento avalia os 100 municípios mais populosos do país com base em dados oficiais do Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS).

Em 2023, o investimento per capita na capital mato-grossense chegou a R$ 415,02 por habitante — quase o dobro da segunda colocada, São Paulo, que registrou R$ 198,97, e muito acima da média nacional, de R$ 126. O valor também supera amplamente a meta prevista no Plano Nacional de Saneamento Básico (PLANSAB), que é de R$ 223,82 por habitante.

Graças ao desempenho, Cuiabá avançou quatro posições no ranking, ocupando agora o 46º lugar. A cidade atingiu 98,13% de cobertura de abastecimento de água e 83% de atendimento com coleta de esgoto. No entanto, apenas 49% do esgoto coletado é tratado, apontando desafios ainda a serem superados.

O diretor-geral da Águas Cuiabá, Leonardo Menna, destacou que mais de R$ 1,3 bilhão foram investidos desde 2017. “Em menos de uma década, acompanhamos um avanço expressivo na cobertura sanitária, e seguimos comprometidos com os desafios de promover a conexão adequada dos imóveis à rede”, afirmou.

Várzea Grande estagnada no ranking

Na contramão de Cuiabá, Várzea Grande permanece entre os piores colocados do país no quesito saneamento. O município ocupa a 92ª posição entre as 100 cidades avaliadas — mesma colocação da edição anterior. Embora a nota geral tenha subido de 3,45 para 3,67, os indicadores continuam preocupantes, especialmente no que se refere às perdas de água e à baixa eficiência no tratamento de esgoto.

A cidade aparece em 98º lugar nos índices de perdas por ligação e distribuição, sendo o terceiro pior município neste último item. O atendimento com esgoto ainda é considerado insuficiente, e não há dados detalhados sobre o volume efetivamente tratado.

Em nota, o Departamento de Água e Esgoto de Várzea Grande (DAE/VG) afirmou que os dados se referem ao ano-base de 2023 e não refletem o atual cenário. A autarquia destacou que obras estruturantes, ações de manutenção e novos convênios com os governos estadual e federal estão em andamento para melhorar os índices nos próximos anos.

“A melhoria dos indicadores depende de um esforço conjunto e contínuo, e o DAE reafirma seu compromisso com a universalização do saneamento básico no município”, informou o órgão.

FONTE – RESUMO