Enfermeiras estão sendo analisadas devido a uma reclamação sobre a quebra de um ossinho em um recém-nascido durante um parto que ocorreu sem a presença de um médico

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Foto: Ilustração
ALMT

Prefeitura de Jaciara investiga conduta de servidoras após denúncia de parto sem médico e lesão em recém-nascido

A Prefeitura de Jaciara instaurou um inquérito administrativo para apurar a conduta de duas servidoras do Hospital Municipal, após uma paciente denunciar atendimento supostamente inadequado durante o parto de seu filho. Segundo o relato, o nascimento ocorreu sem acompanhamento médico e resultou em uma fratura na clavícula do recém-nascido.

De acordo com a denúncia registrada na Ouvidoria Municipal em 18 de julho, o parto aconteceu na madrugada de 24 de junho, por volta das 3h, e teria sido conduzido por uma enfermeira e uma técnica de enfermagem, sem a presença do médico de plantão. A paciente afirma que a profissional teria puxado a cabeça do bebê de forma brusca, sem acionar o médico, e relata que o atendimento foi marcado por falta de acolhimento e grosseria.

A lesão só foi identificada no dia 9 de julho, quando a mãe retornou à unidade hospitalar e o bebê foi diagnosticado com fratura de clavícula, conforme consta na Declaração de Nascido Vivo. Embora o documento não confirme que a fratura ocorreu durante o parto, a Prefeitura considerou o intervalo entre os eventos e a gravidade das alegações como fatores suficientes para abrir investigação formal.

Em sua defesa, a enfermeira afirmou ter seguido os protocolos da maternidade e ressaltou que fraturas de clavícula podem ocorrer em partos normais, sem configurar erro técnico. Ela negou qualquer atitude grosseira e afirmou ter contado com o apoio da equipe médica — versão que diverge da apresentada pela família da paciente.

“Há indícios suficientes para que o caso seja formalmente investigado, dada a gravidade das alegações e a divergência entre os relatos”, destacou o parecer jurídico da Procuradoria do Município. O documento embasou a decisão da prefeita Andréia Wagner (PSB) de instaurar o inquérito.

A comissão responsável pela apuração terá 30 dias, prorrogáveis por mais 30, para concluir os trabalhos. O processo inclui oitivas com todas as partes envolvidas, análise de prontuários e documentos médicos, além da possibilidade de realização de perícia técnica para determinar se houve falha na conduta profissional e eventual ligação entre o parto e a lesão sofrida pelo bebê.

Caso sejam constatadas irregularidades, as servidoras poderão ser responsabilizadas por meio de processo disciplinar.

 

 

Da Redação com informações do Olhar Direto