O ministro da Agricultura e presidente estadual do PSD em Mato Grosso, Carlos Fávaro, intensificou as articulações para montar uma chapa forte de candidatos a deputado federal dentro do partido, com o objetivo estratégico de fortalecer sua base política rumo à reeleição ao Senado em 2026. A iniciativa busca reunir no PSD as principais lideranças da frente ampla de apoio ao governo Lula (PT) no estado, aproveitando o cenário de reorganização partidária.
Entre os nomes já confirmados no projeto estão o do ex-deputado federal Valtenir Pereira, que deixou o MDB para se unir ao PSD, e Ana Flávia Rodrigues Ramiro, conhecida como Flavinha, liderança política de Colíder e atual chefe de assessoria especial no Ministério da Agricultura, sob o comando de Fávaro. O grupo também conta com Irajá Lacerda, secretário-executivo do ministério e herdeiro político da tradicional família Lacerda, com influência no Oeste de Mato Grosso.
Outro reforço é Mauro César de Lara, o Procurador Mauro, ex-PSOL, conhecido por suas campanhas irreverentes com jingles de lambadão e discurso contra a corrupção. Embora nunca tenha vencido uma eleição, ele já conquistou expressiva votação em pleitos anteriores e agrega visibilidade ao grupo.
Um acordo verbal está encaminhado para a filiação do deputado federal Emanuel Pinheiro Neto, o Emanuelzinho (MDB), o que sinaliza uma aproximação entre o grupo de Fávaro e a família Pinheiro. O ex-prefeito Emanuel Pinheiro tem atuado diretamente nas articulações e na construção da chapa, servindo como ponte entre lideranças regionais e parlamentares.
Além disso, Fávaro tenta ampliar sua base com eventuais filiações de nomes como o ex-governador Pedro Taques e a ex-primeira-dama de Rondonópolis, Neuma Moraes (PSB). Ambos, no entanto, resistem à migração e trabalham para formar uma chapa própria no PSB, partido que deve passar por mudanças internas com a provável saída de Max Russi, atual presidente estadual, que deve assumir o comando do Podemos em Mato Grosso.
A estratégia de Fávaro visa não apenas consolidar a presença do PSD como força central na base de apoio a Lula no estado, mas também garantir musculatura eleitoral para sua campanha de reeleição ao Senado, enfrentando um cenário que promete ser competitivo em 2026.
FONTE – RESUMO
