O Grupo Nossa Senhora Aparecida, que atua no setor de grãos em Mato Grosso e Rondônia, obteve autorização da Justiça para ingressar em processo de recuperação judicial. A decisão foi assinada pelo juiz Márcio Aparecido Guedes, da 1ª Vara Cível de Cuiabá, com base na Lei nº 11.101/2005, que regulamenta mecanismos de reestruturação para empresas em dificuldades financeiras.
Mesmo antes da homologação do pedido, as empresas do grupo já haviam conseguido a chamada “blindagem”, medida que suspende temporariamente as cobranças judiciais e extrajudiciais contra o grupo, cuja dívida ultrapassa os R$ 180 milhões.
De acordo com o magistrado, a solicitação atendeu todos os requisitos legais, incluindo os previstos no artigo 51 da legislação, o que confirmou a legitimidade do grupo empresarial para pleitear a recuperação. A intenção, segundo a lei, é garantir a manutenção da atividade produtiva, proteger empregos e atender os interesses dos credores.
A sede do grupo fica em Sapezal, a 480 km de Cuiabá. A crise financeira teve início em 2023, após uma tentativa frustrada de expansão para o estado de Rondônia. Problemas climáticos prejudicaram a safra e resultaram na perda de cerca de 2,1 mil hectares de soja, que precisaram ser replantados.
A defesa, conduzida pelo escritório Frange Advogados, argumenta que o grupo possui viabilidade econômica para se recuperar e que a recuperação judicial é fundamental para a continuidade do negócio familiar, com décadas de atuação no agronegócio.
FONTE – RESUMO
