Médico que assassinou namorada com tiro na cabeça ficará detido em Peixoto de Azevedo

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Foto: Reprodução
ALMT

O médico Bruno Tomiello, que confessou ter matado sua namorada, a adolescente Ketlhyn Vitória de Souza, de 15 anos, com um tiro acidental na cabeça, permanecerá preso na Cadeia Pública de Peixoto de Azevedo, em Mato Grosso. O crime ocorreu na madrugada do último sábado (3), em Guarantã do Norte.

Nesta segunda-feira (5), o delegado Waner dos Santos Neves cumpriu a ordem de prisão preventiva decretada pelo juiz Guilherme Carlos Kotovicz. O magistrado destacou a brutalidade do crime, o risco de fuga de Bruno, e seu histórico de comportamento agressivo, incluindo uma medida protetiva solicitada por uma ex-companheira devido a atitudes violentas anteriores.

Após cometer o crime, Bruno levou Ketlhyn ao hospital, onde a adolescente foi socorrida, mas morreu durante a tentativa de reanimação. O médico permaneceu no local durante todo o procedimento e, ao perceber o falecimento, demonstrou grande agitação emocional, danificando móveis na unidade hospitalar. Após isso, ele fugiu, mas se entregou à polícia na segunda-feira, quando o juiz determinou sua prisão preventiva.

O juiz analisou um recurso do Ministério Público, que havia contestado a decisão de indeferir a prisão temporária de Bruno, e, considerando a gravidade dos fatos, a necessidade de resposta judicial rápida e o risco de fuga, decidiu pela prisão preventiva. O juiz também mencionou o contexto de violência doméstica e o histórico de ações violentas em relacionamentos anteriores, já evidenciado pela medida protetiva solicitada por uma ex-companheira de Bruno.

O médico alegou que o disparo foi acidental. Segundo ele, no momento do incidente, ambos estavam embriagados e voltavam para casa. A adolescente teria pedido para dirigir e se acomodou no colo de Bruno. Ele afirmou ter pego a arma acreditando que estava descarregada, e o disparo ocorreu nesse momento.

Após ser questionado, Bruno indicou o local onde havia descartado a arma, que foi encontrada pelos policiais. O delegado afirmou que o médico acabou confessando o disparo que resultou na morte da jovem.

A prisão preventiva foi considerada uma medida necessária para garantir a ordem pública e a continuidade das investigações do caso.

FONTE – RESUMO