Prefeito Abílio repudia tentativa de padrasto transferir culpa por assassinato de Heloysa: “Dissimulado”

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Foto: Reprodução
ALMT

Durante a inauguração da Ponte do Parque Atalaia, nesta sexta-feira (25), o prefeito de Cuiabá, Abílio Brunini (PL), manifestou repúdio às declarações de Benedito Anunciação de Santana, padrasto de Heloysa Gabrielly, de 16 anos, assassinada em um caso que chocou o estado. Abílio classificou o acusado como “dissimulado” e defendeu a mãe da adolescente, Suellen Alencastro, que está hospitalizada após ser brutalmente agredida durante o crime.

“Esse cara é um dissimulado. O que ele fez ali é um absurdo, uma barbárie. Ele mesmo assume praticamente a responsabilidade pelo crime e depois quer transferir essa responsabilidade a uma outra pessoa. De modo algum acredito que a mãe tenha participado em qualquer uma das circunstâncias. A mãe amava a filha, era a pessoa mais querida da vida dela. A mãe está desolada”, declarou o prefeito.

O gestor também criticou a frieza com que Benedito agiu após o crime, chegando a comparecer à UPA no dia do assassinato para tentar se passar por inocente. “Se não tivesse sido pego, estaria no velório. Olha o absurdo que é isso. Esse cara tem que pagar por tudo isso, o filho dele e todos os envolvidos nesse processo”, completou.

As investigações da Polícia Civil confirmam que Heloysa foi morta por asfixia mecânica, com um cabo USB, e teve o corpo jogado em um poço na região do bairro Ribeirão do Lipa. O padrasto, Benedito, e o filho dele, Gustavo Benedito Junior Lara de Santana, foram indiciados por feminicídio. Durante os depoimentos, Benedito alterou sua versão dos fatos e tentou, sem sucesso, culpar a mãe da adolescente pelo assassinato.

A tentativa de envolvimento da mãe no crime foi amplamente rechaçada por autoridades e pela comunidade. Suellen, que sobreviveu à agressão, é considerada vítima e não há indícios de participação dela nos atos criminosos.

O inquérito da Polícia também apontou premeditação por parte de Benedito, que teria instruído os comparsas a simular um arrombamento para despistar os investigadores. A ausência de qualquer reação emocional do acusado ao ser informado da morte da enteada foi citada como evidência adicional de sua frieza e envolvimento direto na execução do crime.

FONTE – RESUMO