O ministro Cristiano Zanin, do Supremo Tribunal Federal (STF), arquivou em março deste ano uma investigação que apurava uma possível relação entre o lobista Andreson de Oliveira Gonçalves e o ministro Nunes Marques. A decisão seguiu parecer da Procuradoria-Geral da República (PGR), que não encontrou indícios que justificassem a continuidade da apuração.
A investigação teve origem na Operação Sisamnes, conduzida pela Polícia Federal (PF), que mirava uma organização criminosa envolvida em corrupção, tráfico de influência e venda de decisões judiciais, com foco principal no Superior Tribunal de Justiça (STJ). Durante as diligências, a PF analisou os aparelhos eletrônicos do lobista e não encontrou qualquer contato de Nunes Marques, nem em registros de chamadas nem nos dados obtidos junto à operadora telefônica.
Como relator das ações ligadas ao suposto esquema de venda de sentenças judiciais, Zanin detém competência para arquivar investigações nesse contexto. A Operação Sisamnes identificou que Andreson atuava como intermediador de interesses junto a ministros do STJ, oferecendo decisões antecipadas em troca de vantagens indevidas. A operação também teve como alvo assessores e chefes de gabinete de magistrados.
Apesar do alcance das investigações, a apuração sobre eventual envolvimento de ministros do STF, como Nunes Marques, foi encerrada por falta de provas.
FONTE – RESUMO