Oposição interna do PSB consegue barrar reunião que culminaria com expulsão de Garcia e Botelho

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Reprodução
CAMARA VG

Olhar Direto

Numa manobra jurídica de última hora, o deputado mato-grossense Fábio Garcia (PSB) e outros ameaçados de expulsão, conseguiram liminar no Tribunal de Justiça do Distrito Federal para barrar a reunião do Diretório Nacional do PSB, prevista para ocorrer às 19 horas desta segunda-feira (16), em Brasília.
 
Além de Garcia, de forma indireta, são beneficiados em Mato Grosso o ex-prefeito Mauro Mendes, o deputado federal Adilton Sachetti e os deputados estaduais Eduardo Botelho, presidente da Assembleia Legislativa; Oscar Bezerra, Mauro Savi, Professor Adriano Silva e Maxi Russi – licenciado para se secretário-chefe da Casa Civil. Dezenas de prefeitos e vereadores mato-grossenses também aguardam uma definição.
 
A vitória jurídica parcial foi conquistada em ação impetrada por Garcia com o ministro Fernando Coelho Filho, das Minas e Energia; e os deputados federais Danilo Forte e Tereza Cristina.
 
 “Defiro, em parte, o pedido de antecipação dos efeitos da tutela para vedar ao diretório nacional do requerido qualquer deliberação a cerca da aplicação de penalidades aos referentes”, diz trecho da liminar, publicada pela colunista Andreza Matais, do jornal O Estado de São Paulo.

O presidente nacional do PSB, Carlos Siqueira, tinha convencido o comando do partido a expulsar os quatro deputados, na reunião prevista para a noite desta segunda-feira, por terem votado a favor da reforma trabalhista do governo Michel Temer, na Câmara Federal, contrariando orientação do partido. Na ocasião, o ministro se licenciou do cargo para votar.
  
Há quatro meses, Carlos Siqueira afastou o deputado Fábio Garcia da presidência estadual do PSB e nomeou o deputado federal Valtenir Pereira, que já tinha passado nove anos pela agremiação.
 
Em entrevista anterior à reportagem do Olhar Direto, Carlos Siqueira chamou de “passantes” os parlamentares que votaram a favor da reforma trabalhista de Temer.   “São passantes que passam por diferentes partidos. O que não podem é transformar o programa e a ideologia de um partido de 70 anos, como o PSB, em uma tese liberal-conservadora”, definiu Siqueira.
 
Iniciada em junho, a disputa jurídica não tem prazo para acabar. Todavia, a  questão é que, para os candidatos do PSB a cargos eletivos, em 2018, a janela de infidelidade partidária é uma incógnita.

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