Em delação, cabo da PM afirma que juíza Selma e promotor inventaram atentado para grampear alvos

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Reprodução
CAMARA VG

Olhar Direto

O cabo PM Gerson Corrêa Júnior, preso acusado de participar do esquema de grampos ilegais em Mato Grosso, acusou a juíza Selma Arruda e o promotor de Justiça e coordenador do Gaeco, Marco Aurélio Castro, de ter inventado um suposto atentado contra a magistrada para grampear o ex-governador, Silval Barbosa e o ex-deputado e ex-presidente da Assembleia Legislativa, José Riva.  Selma negou as acusações e disse que ele terá de provar o que disse na Justiça.
 
Trecho do documento encaminhado ao desembargador Orlando Perri aponta que o cabo da PM revelou a irregularidade ocorrida, segundo ele, com anuência de Marco Aurélio. Ele teria determinado que Gerson criasse uma estória cobertura para dar início a interceptação de pessoas suspeitas de tramarem a morte de Selma Arruda.
 
Gerson ainda acrescenta que quem lhe passou as informações foi a própria Selma Arruda, que foram levadas por uma assessora de outra vara. Os suspeitos no suposto atentado seriam o ex-governador Silval Barbosa e ex-deputado José Riva. A criação seria para cobrir o conhecimento dela da história.
 
Ouvida pela reportagem do Olhar Direto, a magistrada disse que foi pega de surpresa e afirmou desconhecer o depoimento do policial militar. Além disto, classificou o depoimento do cabo como "absurdo. Não faço a menor ideia do que seja esta estória". Por fim, ela disse que ele terá de provar na Justiça o que falou.
 
Grampos
 
Reportagem do programa "Fantástico", da Rede Globo, revelou na noite de 14 de maio que a Polícia Militar em Mato Grosso “grampeou” de maneira irregular uma lista de pessoas que não eram investigadas por crime.
 
A matéria destacou como vítimas a deputada estadual Janaína Riva (PMDB), o advogado José do Patrocínio e o jornalista José Marcondes, conhecido como Muvuca. Eles são apenas alguns dos “monitorados”. O esquema de “arapongagem” já havia vazado na imprensa local após o início da apuração de Fantástico.
 
Os grampos foram conseguidos na modalidade “barriga de aluguel”, quando investigadores solicitam à Justiça acesso aos telefonemas de determinadas pessoas envolvidas em crimes e no meio dos nomes inserem contatos de não investigados. Neste caso específico, as vítimas foram inseridas em uma apuração sobre tráfico de drogas.

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