Cerca de 60 presos são isolados após diagnóstico de tuberculose na Penitenciaria Central do Estado

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Foto: Reprodução
CAMARA VG

Olhar Direto

Cerca de 60 reeducandos foram isolados em um anexo da Penitenciaria Central do Estado (PCE) após serem diagnosticados com tuberculose, uma doença infectocontagiosa. O Sindicato dos Servidores Penitenciários de Mato Grosso (Sindspen) acredita que exista um número muito maior de infectados.  
  
“Hoje é normal que 60 presos estejam contaminados. Esses que foram isolados chegam até os agentes e informam que estão com os sintomas e manifestam interesse para fazer os exames. Mas se forem fazer um mutirão, irão descobrir um número maior”, afirma o presidente do Sindspen, João Batista.
 
A Secretaria de Justiça e Direitos Humanos (Sejudh) informou que todos os procedimentos médicos e ambulatoriais são tomados sempre que há suspeita de tuberculose entre os privados de liberdade.
 
Os presos que são diagnosticados com tuberculose ficam em local isolado dos demais, durante o período inicial de 15 dias, assim que recebe o diagnóstico. Na primeira quinzena é fundamental o isolamento, pois nesse estágio é que pode ocorrer a transmissão.
 
Todos os protocolos médicos para atendimento a paciente com esse tipo de patologia são seguidos, inclusive com acompanhamento de pneumologista. São realizados os exames necessários, assim como a notificação obrigatória no Sistema Nacional de Agravos, do Ministério da Saúde.
 
Morte na PCE
 
No dia 26 de setembro, Cícero Junior Oliveira Dias, de 20 anos, que estava preso na penitenciária, morreu. O jovem havia sido diagnosticado com tuberculose. A família alega que Cícero contraiu tuberculose enquanto estava no presídio e que não teria recebido o tratamento adequado. No dia de sua morte, a irmã contou que ele chegou a ficar 10 horas em um camburão, sem água e comida.

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