Servidora transforma sorriso em estímulo para enfrentar câncer de mama

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Um sorriso no rosto carregado de boas energias. Sem dúvida, é a definição que Silviane Ramos, aos 36 anos de idade, prefere quando fala sobre a doença. “Temos sempre que sorrir, porque é uma forma de emanar coisas boas e também motivar outras pessoas”, disse com uma alegria inabalável a servidora da Secretaria de Estado de Trabalho e Assistência Social (Setas-MT). “A força vem do bem-estar que o sorriso propaga”, acrescentou ela que enfrenta a doença pela quarta vez.

No mês do Outubro Rosa, ela destaca a campanha como primordial para a troca de informações importantes sobre a doença. Como exemplo, Silviane citou o fato de que as mulheres negras tendem a ter alterações genéticas que favorecem o aparecimento do câncer de mama antes dos 40 anos de idade, faixa etária recomendada para a realização da mamografia. Foi assim com ela que, aos 30 anos, já passou pela primeira reincidência do câncer de mama. O apontamento foi feito pelo estudo “Jewels in our Genes”, realizado entre 2009 e 2011 na Universidade de Buffalo, nos Estados Unidos.

Juntamente com outras mulheres, ela participou de uma palestra de encerramento da campanha Outubro Rosa no âmbito do Governo do Estado, nesta sexta-feira (27.10), atividade coordenada pelo Núcleo de Ações Voluntárias (NAV-MT). Também foram promovidas uma oficina de arte de amarração de turbantes, além de maquiagem gratuita com consultoras da Mary Kay.

A palestra foi ministrada pela diretora administrativa da Associação de Trabalhadores Voluntários contra o Câncer de Mama (MT Mamma), Maria Garcia Villaça. “É preciso insistir nesse alerta, pois a conscientização com relação ao autoexame é fundamental para constatar a doença no início e, consequentemente, o sucesso do tratamento”. Este ano, foram realizadas em média cinco palestras por dia durante todo o mês.

Aos 71 anos de idade, Clara Maria Fonseca também é exemplo de superação. Ela foi acometida por um câncer de mama maligno de cinco centímetros há 26 anos, quando morava em Cáceres (214 km a Oeste de Cuiabá). Passou por quimioterapia, radioterapia e retirou a mama esquerda. Depois de um período, dona Clara se mudou para a Capital, em busca de melhor tratamento, que foi integralmente feito pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

Ela contou que o diagnóstico precoce foi essencial para o resultado do tratamento e que o acompanhamento feito a cada seis meses também é imprescindível. “No começo é difícil, mas eu me apeguei ao apoio familiar e aos cuidados médicos, eu sempre tive vontade de viver, e tenho muita serenidade para seguir em frente”. Hoje, ela incentiva outras mulheres por meio das atividades desenvolvidas pela MT Mamma.

A presidente de honra do NAV-MT, Eda Taques, classificou outubro como um mês amoroso e frisou o alerta às mulheres. “Neste período, levamos a mensagem da importância de nos cuidarmos. Quero pedir a todas as mulheres que façam o exame preventivo e estejam atentas, pois quanto mais cedo identificar a doença, mais fácil reverter”, salientou.

Responsável pela oficina de turbantes, a servidora da Casa Militar, Maria Aparecida da Silva, afirmou que o acessório aumenta a autoestima das mulheres que enfrentam o câncer de mama. “Tenho algumas colegas que passaram por isso e são exemplos de vida para mim, pois o tratamento é doloroso e, muitas vezes, implica na queda de cabelo. Então, é uma forma de alento para essas pessoas guerreiras”, disse.

Jantar de encerramento

O encerramento das atividades do Outubro Rosa realizadas pela MT Mamma ocorrerá no dia 04 de novembro, com o jantar MACARROmamma, no Cenarium Rural. Na ocasião, haverá desfile das assistidas, as mulheres que estão em tratamento e pós-tratamento do câncer de mama. A campanha teve início no dia 1º de outubro, ao som da Orquestra Sinfônica da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), no Parque das Águas, em Cuiabá.

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