Quem são os candidatos a próximo brasileiro na F-1 e quanto tempo isso pode demorar

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Reprodução
CAMARA VG

Com a saída de Felipe Massa, fica certo que em 2018 a Fórmula 1 irá começar a temporada sem nenhum representante do automobilismo brasileiro, responsável por oito títulos da categoria, no grid.

Mas quando será que a Fórmula 1 poderá voltar a contar com um brasileiro? Há quem diga que o hiato pode ser longo, como o próprio Felipe Massa.

“Tomara que alguma coisa aconteça para mudar isso. Mas a chance de não ter nenhum brasileiro na Fórmula 1 durante um tempo é possível, tomara que isso não aconteça. Mas tomara que nossa escola de pilotos melhore”, disse o piloto da Williams, ao ESPN.com.br, no começo da semana.

No momento, não há uma safra numerosa de brasileiros que desponte nas principais categorias de acesso à Fórmula 1. Dos mais jovens aos que já estão perto da F-1, veja quais têm mais chance de acabar com o hiato verde-amarelo. 

Sérgio Sette Câmara© Getty Sérgio Sette Câmara

SÉRGIO SETTE CÂMARA

Levando em conta a “escada” para se chegar à F-1, o mineiro Sérgio Sette Câmara, filho de candidato à presidência do Atlético-MG, é quem está mais próximo. Atualmente, ele corre na F2, principal categoria de acesso à Fórmula 1.

Com 19 anos, ele ainda não tem seu futuro definido na F2, onde deve permanecer. Em 2017, pilotando pela MP Motorsports, uma equipe abaixo da média na categoria. Mesmo assim, conseguiu uma vitória na Bélgica e um segundo lugar na Itália.

Em 2015, Sette Câmara fez parte do programa de jovens pilotos da Red Bull. Mas após fazer testes pela Toro Rosso, não impressionou e foi dispensado no ano seguinte.

Em 2015 também, ele não impressionou no Europeu de Fórmula 3, chegando em 14º no campeonato correndo na categoria junto com Charles LeClerc, Lance Stroll, Antonio Giovinazzi e George Russell – todos pilotos com pelo menos experiência em treinos oficiais da Fórmula 1.

Se pegar uma boa equipe em 2018 na F2 e fizer uma boa temporada, pode ser que ele pinte na F-1 em 2019. Mas seria uma hipótese bem positivista.

PIETRO FITTIPALDI

Neto de Émerson, Pietro Fittipaldi já tem 21 anos e não foi bem no europeu de Fórmula 3 em 2015, terminado em 16º no geral. Porém, ele foi campeão da Protyre Fórmula Renault no ano anterior e lidera a Fórmula V8 deste ano, à frente até de Alfonso Celis Jr., que participou de sessões de treinos da Force India.

Mesmo estando longe do “caminho convencional” que leva à Fórmula 1, Pietro Fittipaldi vem adquirindo experiência e vitórias em monopostos. Com nome e talento, alguma equipe de F-1 pode se interessar no futuro. Mas no momento é improvável que a curto prazo ele apareça na categoria máxima do automobilismo.

PEDRO PIQUET

Filho de Nelson, Pedro Piquet (19 anos) foi bicampeão da Fórmula 3 brasileira (2014 e 2015). Nos últimos dois anos, ele não conseguiu bons resultados no europeu de Fórmula 3, estando em uma equipe pequena.

Neste ano, ele foi vice-campeão da Toyota Racing Series, categoria de monopostos da Nova Zelândia.

Ainda se adaptando ao automobilismo na Europa, Pedro Piquet ainda não despertou grande interesse do mundo da Fórmula 1 para algo mais concreto.

BRUNO BAPTISTA

Aos 19 anos, correu sua primeira temporada na GP3, pela francesa DAMS, a pior equipe do campeonato. Baptista marcou apenas 2 pontos e ainda não tem muita experiência na Europa.

ENZO FITTIPALDI

Com apenas 16 anos, o irmão de Pietro e também neto de Émerson já faz parte do programa de jovens pilotos da Ferrari.

Enzo tem pouca experiência e seria uma aposta mais para o futuro. Na F4 italiana em 2017, ele foi o nono na classificação, enquanto seu companheiro de equipe e também membro do programa de pilotos da Ferrari, Marcus Armstrong, ganhou o título. 

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