O governador Pedro Taques (PSDB) retornou de uma viagem de 10 dias à Ásia e a Europa na tarde de quarta-feira (15). Sua primeira agenda institucional em Cuiabá, marcada para esta sexta-feira (17), será uma reunião com os chefes de Poderes para tratar sobre duodécimos atrasados e a votação do Projeto de Emenda Constitucional (PEC) do Teto de Gastos.
Segundo o secretário de Comunicação Kleber Lima, a agenda de amanhã deve ser na parte da tarde.
Quanto ao duodécimo, o Estado acumula dívida de R$ 300 milhões em relação aos repasses deste ano. O governador tenta viabilizar uma forma de quitar a dívida, mas enfrenta dificuldades de caixa.
Já sobre a PEC, Taques deverá tratar com o presidente da Assembleia Legislativa, deputado Eduardo Botelho (PSB), sobre os prazos de votação.
Por conta de substitutivos e emendas, a PEC deverá passar por mais duas votações, com intervalos de 15 dias, o que irá extrapolar o prazo de 30 de novembro estabelecido pelo Governo Federal para aprovação das medidas.
Desta forma, Taques já planeja as explicações à União para garantir que Mato Grosso não perca R$ 1,3 bilhão com a renegociação da dívida.
“Não é que há um temor, é que atrasou. Mas o Poder Executivo não tem nenhum controle, porque o regimento interno da Assembleia diz que, após uma mudança na PEC, tem que votar em dois turnos com prazo de 15 dias”, disse Lima ao MidiaNews.
“Como houve alteração no texto aprovado em primeira, vão ter que votar de novo. Vai ter uma sessão na próxima terça [21] e a gente espera que seja votada e aprovada em 15 dias. Final de novembro é o que o Governo Federal fixou, mas vamos apresentar justificativas para tentar viabilizar isso de uma maneira ou de outra”, afirmou.
A viagem
Taques viajou para a China para apresentação de projetos de infraestrutura e sustentabilidade no setor de agronegócio, visando parcerias, expansão do mercado e atração de investimentos.
Depois, o tucano foi para a Alemanha, onde se encontrou com o vice-governador Carlos Fávaro (PSD), para participar da COP 23 (encontro sobre o clima) e assinar um acordo para receber 17 milhões de euros (R$ 65 milhões) para investir no Estado.
Midia News