A obra de drenagem da Avenida Fernando Corrêa da Costa, projetada para colocar fim aos alagamentos ao longo da via foi debatida na tarde desta quarta-feira (13.12) em reunião entre empresários e representantes do Governo do Estado. No encontro, realizado no salão de uma das empresas situadas na avenida, o secretário de Estado das Cidades, Wilson Santos, explicou que a obra será entregue três meses antes do previsto e terá uma economia de 30% no seu custo final, ficando orçada em cerca de R$ 4 milhões.
“Nosso objetivo com essa reunião de hoje é ouvir o empresariado, porque geralmente não são ouvidos e é o empresário que paga imposto e gera emprego. Quando essa região alagava era um transtorno para os comerciantes, pedestres, ciclistas e motoristas. Então a orientação do governador Pedro Taques é: antes de concluir a obra ouça os empresários”, explicou o titular das Cidades, ressaltando que mesmo antes do término dos serviços já é possível notar que a avenida não tem mais pontos de alagamento, referindo-se às verificações feitas durante as últimas chuvas registradas na capital.
No total, 13 empresários participaram do diálogo, que colocou à mesa ainda técnicos da Secid e representantes da construtora Conenge Construção Civil, responsável pela obra nas proximidades do Viaduto Jornalista Clovis Roberto, ao lado da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT).
Na ocasião, o secretário adjunto de Políticas Urbanas, Nelson Esteves, repassou aos presentes a questões técnicas da obra e ressaltou que a drenagem terá longa duração, pois os tubos utilizados na rede são de materiais derivados do petróleo e podem ter vida útil de até 70 anos, os chamados PEAD (Tubos de Polietileno de Alta Densidade). “Essa é uma tecnologia nova para Mato Grosso, mas que está presente no mundo inteiro, e nos possibilitou terminar a obra em três meses e originalmente se previam seis meses de trabalho. São tubos de seis metros que pesam cerca de 300 quilos e substituem os tubos de concreto, projetados inicialmente”, esclareceu ele.
O secretário Wilson Santos complementou que economia e agilidade da obra foi possível também devido a levantamento técnico da área promovido por técnicos da Secid, que apontou muitos itens previstos no projeto realizado pela Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) não seriam necessários, pois já existiam na região e não precisariam ser refeitos. “Nós submetemos o projeto a várias avaliações e por isso que a obra andou porque não tivemos problemas neste quesito”, acrescentou.
O empresário Luis Carlos Richter, representante da empresa construtora, por sua vez, complementou que a empresa concordou com os apontamentos da fiscalização da Secid que mostrou a necessidade de redução dos elementos executados na obra, por já estarem contemplados nas vias e bairros. “Aquela região que liga o shopping a um supermercado, que estava previsto de realização também de drenagem, há pouco tempo foi feito uma rede de esgoto ali e não seria preciso refazer”, ponderou.
O empresário Fernando Kuzai, proprietário da Arcelor Mittal, que também participou do encontro, elogiou a iniciativa do Governo de Mato Grosso em chamar os empresários para dirimir as dúvidas e disse que nas chuvas recentes não foi notado mais alagamentos. “Para nós é muito importante essa reunião porque o empresariado pode colocar suas críticas, trazer sugestões de melhorias e ouvir o que está sendo feito. É muito louvável essa iniciativa”.
O superintendente do Shopping Três Américas, João Gonçalves, se disse bastante satisfeito com o resultado da obra antes mesmo de acabada. “Os transtornos nessa região vinham sendo enormes. A gente vem há algum tempo sofrendo com problemas de interrupções de trânsito e tudo mais. Os moradores da região, os comerciantes somos muito impactados com os alagamentos na Fernando Corrêa. É uma obra que era para ser feita com urgência e chegou em uma hora ótima, que é de final de ano, Natal. Então espero que tenham resolvido o problema de alagamento da região”, destacou ele, dizendo que nas primeiras chuvas a obra já passou no teste.
A obra
A obra de drenagem da Avenida Fernando Corrêa prevê o fim de alagamentos na região do Viaduto da UFMT. O custo total, inicialmente previsto, seria R$ 5,85 milhões, oriundos do Governo de Mato Grosso. Porém, ao final com a agilização dos trabalhos esse montante deve cair para algo em torno de R$ 4 milhões, segundo previsão do secretário Wilson Santos. “Essa é uma obra que teve duas economias: uma 50% do tempo, de seis meses estamos fazendo a obra em três meses e a outra de dinheiro. O governador Pedro Taques cobra diariamente essa obra porque sabe o quanto a população sofre quando ocorrem os alagamentos”, concluiu.
O projeto de drenagem em execução é de autoria da Universidade Federal de Mato Grosso e a execução está a cargo da empresa Conenge Construção Civil, que venceu a licitação realizada pela Secid-MT.