PF deflaga 15ª fase da Operação Ararat; Mauro Savi e José Riva são alvos

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Reprodução
CAMARA VG

A Polícia Federal deflagrou na manhã desta sexta-feira (15) em Mato Grosso a Operação Cocite, 15ª fase da Operação Ararath. Estão sendo cumpridos seis mandados de busca e apreensão, sendo que um deles foi contra o deputado estadual, Mauro Savi.

Um dos alvos da operação é o deputado estadual, Mauro Savi. O parlamentar teve o celular apreendido pelos agentes na sua casa. Os policiais chegaram a ir na Assembleia Legislativa, mas ao que parece estavam apenas em busca do político, que estava em sua residência.

Em nota, a assessoria do deputado informou que Mauro Savi "não é investigado em qualquer fase da Operação Ararath, da Polícia federal. A assessoria jurídica irá apurar o motivo da busca e apreensão do aparelho telefônico. Savi está tranquilo e a disposição da justiça para qualquer esclarecimento".

Também na manhã de hoje os policiais apreenderam três aparelhos celulares pertencentes ao ex-deputado José Riva. Nesta ação o celular da deputada Janaina Riva (PMDB) também foi levado por engano. No entanto, momentos depois quando perceberam que não se tratava do celular do pai, a PF ligou para que a deputada fosse buscar o aparelho.

A operação é conjunta com o Ministério Público Federal. Estão sendo cumpridos seis mandados de busca e apreensão expedidos pelo Tribunal Regional Federal da 1ª Região, no bojo de inquérito que tem por objeto a apuração dos crimes de coação no curso do processo e embaraço a investigação de infração penal que envolva organização criminosa. 

As penas previstas variam de 1 a 4 anos e de 3 a 8 anos de reclusão, respectivamente.

Riva foi alvo

O ex-deputado e presidente da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT), José Geraldo Riva, foi alvo da Polícia Federal (PF) na última quarta-feira (13). Agentes buscaram documentos na casa e no escritório dele. Riva disse que a ação teve a ver com a colaboração premiada do empresário e pecuarista Avilmar de Araújo Costa.

Ararath

A “Operação Ararath” é produto de uma atuação conjunta envolvendo o Ministério Público Federal, o Supremo Tribunal Federal, a Justiça Federal e a Polícia Federal, e investiga um complexo esquema de lavagem de dinheiro – cuja estimativa de movimentação ultrapassa R$ 500 milhões – para o ‘financiamento’ de interesses políticos no Estado. Uma lista apreendida pela PF aponta que pelo menos 70 empresas utilizaram ‘recursos’ oriundos de esquemas fraudulentos de empréstimos.

A primeira fase da operação foi deflagrada no dia 12 de novembro de 2013, quando a Polícia Federal cumpriu 11 mandados de busca e apreensão para coletar provas materiais e dar continuidade as investigações de um suposto esquema de lavagem de dinheiro e agiotagem. Entre os locais “batidos” pela PF estavam a cobertura de luxo de Júnior Mendonça, principal nome das investigações, no condomínio Maison Paris, em Cuiabá, e postos de combustíveis da rede Amazônia Petróleo, da qual ele é sócio.

Mendonça era sócio proprietário da factoring “Globo Fomento Mercantil”, empresa que, segundo a PF, foi usada como fachada para negócios de agiotagem e lavagem de dinheiro. Todas as transações financeiras supostamente ilegais eram movimentadas através de contas da factoring e da rede Amazônia Petróleo.

Segundo o órgão federal, já foram bloqueados R$ 300 milhões em bens dos investigados e réus das 28 ações penais abertas na Justiça Federal em Mato Grosso, dos quais R$ 157 milhões já retornaram ao erário.
 
Outras 45 investigações seguem em andamento e a tendência é que outras sejam instauradas em 2018, com a delação premiada do ex-governador do Estado Silval da Cunha Barbosa, “que passou 21 meses preso acusado de crimes contra a administração pública”, aponta o MPF.
 

Olhar Direto.

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