Para Victório Galli, 2018 será ano de “dobradinha” eleitoral entre Taques e Bolsonaro

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Reprodução
CAMARA VG

Principal apoiador em Mato Grosso da candidatura de Jair Bolsonaro (PSC) à Presidência da República, o deputado federal Victório Galli (PSC) defende também que o governador Pedro Taques (PSDB) será imbatível em sua campanha de reeleição. Mas para isso, precisa resolver um ponto nevrálgico em seu governo: a saúde.
 
Apesar do tom pró-Taques, Galli critica o chefe do Executivo Estadual; “Nós somos da base, ganhamos junto com ele, estamos trabalhando junto com ele tentando fazer com que Mato Grosso fique melhor. Agora, eu acho que o Pedro Taques tem que parar um pouco nas outras coisas que ele está fazendo e se dedicar a olhar mais para a saúde. Eu acho que a saúde tem que ser prioridade daqui para a frente”, avalia. “Se ele resolver o problema da saúde ele fica imbatível”, completa.
 
Na ótica de Galli, a atual gestão demorou a entrar nos eixos e poderia estar muito melhor se o governador tivesse tomado mais cedo medidas importantes. “Ele começou um governo, bem, digamos assim, ruim. Fora do compasso. Se ele tivesse começado o governo como ele está hoje, seria bem melhor para ele. Ele melhorou, ele está entendendo que ele tem que dialogar mais, tem que conversar mais e sair das quatro paredes do Palácio. Ele tem que ouvir mais a população e também saber ouvir o Parlamento”.
 
O deputado federal avalia, no entanto, que ainda é muito cedo para garanti a possibilidade de manter em 2018 a unidade dos partidos que elegeram Taques em 2014. Operações policiais, como a Ararath e a Sodoma, podem, inclusive, influenciar nesse processo. “Eu acho que é cedo para falar isso ainda. Tem muitas pessoas que falam que querem ser candidatos ao Executivo e até lá a gente não sabe se ele vai estar livre, preso ou com o relógio de pulso no pé”, ironizou, sobre a instalação de tornozeleiras eletrônicas.
 
A vez de Bolsonaro
 
O principal projeto de Galli para 2018 é o da reeleição para uma cadeira na Câmara Federal. O segundo, é ajudar na eleição de Jair Bolsonaro para a Presidência da República. “Ele tem que daqui para a frente assumir cada vez mais a posição de pré-candidato e, em cima disso, claro, aqueles que não gostam dele vão tecer críticas em cima, mas no meu entender, a população brasileira quer um governo diferente, quer uma pessoa diferente, quer uma pessoa honesta, uma pessoa transparente, uma pessoa que tem moral e que, acima de tudo, defende a família”.

Galli entende que Bolsonaro não deve mudar seu estilo de fazer política e adotar uma postura mais low profile para tentar abarcar um maior número de potenciais eleitores. “Ele tem que ser o que ele é mesmo, porque se ele mudar, ele vai transmitir uma coisa que ele não é. Eu acho que a pessoa tem que ser o que é. Se é feio é feio, se é bonito é bonito. Maquiagem não resolve na política”, finaliza.

Olhar Direto.

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