O policial militar Welliton Pinheiro da Silva, suspeito de matar no domingo (8) o empresário Rafael Henrique Santi, de 31 anos, já tem uma condenação por homicídio.
O fato se deu em junho de 2009, durante um show no estacionamento da Universidade de Cuiabá (UNIC). Na ocasião, após um desentendimento, o policial atirou em Roberto Cesar dos Santos, que morreu em seguida.
Em razão do crime, o policial foi condenado a seis anos e seis meses de reclusão, no regime semiaberto, além da perda da função pública. A sentença, decretada pela juíza Monica Catarina Perri Siqueira, é de julho de 2017.
Na decisão, a magistrada diz entender que a "culpabilidade do réu ultrapassa a normalidade do tipo penal, em face da sua condição de agente de segurança pública, garantidor da ordem e a da lei no seio social".
Como a defesa do policial recorreu da decisão, ele continua a exercer suas funções na Rotam (Rondas Ostensivas Tático Móvel).
Policia Militar
A Corregedoria da Policia Militar comunicou por meio de nota que conhece o histórico do policial, mas que aguarda a decisão definitiva da Justiça.
“Com relação ao episódio recente, a Corregedoria da PMMT informa que está apurando se houve transgressão disciplinar em relação à conduta militar”, diz trecho da nota.
O caso
O empresário Rafael Henrique Santi, de 31 anos, foi morto com dois tiros num baile funk realizado na "Chácara das Poderosas", em Várzea Grande.
O Policial Militar confessou a autoria do crime, mas alegou legítima defesa. O policial relatou que na hora do crime estava conversando com um amigo no estacionamento da festa, quando viu uma movimentação, ouviu disparos e percebeu a presença de um homem armado.
O soldado disse que seguiu o treinamento que recebeu na corporação e exigiu que Rafael largasse a arma, mas não foi obedecido. O empresário, continuou ele, apontou a arma em sua direção, o que o obrigou a disparar duas vezes.
O empresário foi socorrido e levado ao Hospital e Pronto-Socorro de Cuiabá, mas não resistiu aos ferimentos e morreu.
Confira a íntegra da nota da Policia Militar:
A Corregedoria Geral da Polícia Militar confirma que o cabo da Rotam apontado como autor dos tiros que mataram um empresário em Várzea Grande, no último domingo(08.04), já respondeu procedimento similar.
Na ocasião, em 2009, o policial foi acusado de atirar e matar outra pessoa, também do sexo masculino. À exemplo da ocorrência recente de Várzea Grande, ele estava de folga, portanto, não exercia atividades militares. Penalizado pela Justiça comum à perda da função pública, o policial recorreu e aguarda julgamento do recurso.
Portanto, sobre o fato relacionado a 2009, a adoção de medidas por parte da PM está condicionada à decisão do Poder Judiciário. Já com relação ao episódio recente, a Corregedoria da PMMT informa que está apurando se houve transgressão disciplinar em relação à conduta militar.
Midia News.