Selma recorre por escolta e lembra que Taques fez política sob proteção da PM

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Rogério Florentino Pereira/Olhar Direto
CAMARA VG

A juíza aposentada Selma Arruda (PSL) manifestou por meio de nota que pretende recorrer da decisão da Comissão de Segurança do Tribunal de Justiça de Mato Grosso que suspendeu em decisão nesta segunda-feira (21) a sua escolta armada por entender que ela não corre nenhum risco e que está usando a proteção para fins políticos e particulares. A magistrada aposentada também lembrou que o governador Pedro Taques (PSDB) também fez campanha sob proteção da Polícia Militar.

De acordo com Arruda, que é pré-candidata ao Senado e está viajando pelo estado, a decisão contraria o parecer da Coordenadoria Militar do próprio Tribunal. Ela ainda afirma que medida é desproporcional ao seu trabalho desenvolvido durante o exercício do cargo, sendo responsável pelos crimes cujos processos de alta complexidade tramitavam na 7ª Vara Criminal de Cuiabá.

A magistrada ainda cita o caso do juiz federal Odilon de Oliveira pré-candidato ao senado pelo PDT, no Mato Grosso do Sul, que tinha escolta da Polícia Federal e que mesmo após a aposentadoria, a decisão pela manutenção da escolta policial por prazo indeterminado foi garantida.

Por fim, a juíza recordou que o governador Pedro Taques também teve a escolta da Policia Militar do Estado mantida durante as campanhas ao Senado Federal e depois ao governo de Mato Grosso.

O caso

A ex-juíza Selma Arruda, pré-candidato ao Senado por Mato Grosso, teve sua escola suspensa pela Comissão de Segurança do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJ-MT). Na decisão, cita-se que não existe risco de vida à magistrada aposentada e que ela utilizou a escolta para eventos políticos e fins particulares. O prazo para a desmobilização da segurança é de 48 horas.

Veja a nota na íntegra

Selma Arruda deve recorrer à decisão do TJMT, que suspende escolta à magistrada

A decisão da Comissão de Segurança do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT) de suspender a escolta fornecida à juíza aposentada Selma Arruda, que é pré-candidata ao Senado pelo PSL, contraria o parecer da Coordenadoria Militar do próprio Tribunal. Depois de dois meses de aposentadoria essa medida é desproporcional ao trabalho desenvolvido por ela durante o exercício do cargo, sendo responsável pelos crimes cujos processos de alta complexidade tramitavam na 7ª Vara Criminal de Cuiabá, que é competente para julgar o Crime Organizado, Crime Contra a Ordem Tributária e Econômica e Contra a Administração Pública e Lavagem de Dinheiro que envolvem políticos que ocupam ou ocuparam cargos no Legislativo e Executivo.

Selma Arruda ingressou na magistratura em 1996, onde pautou sua atuação pelo combate à corrupção e ao crime organizado, em 22 anos de atuação na Justiça Criminal no Estado. Atuou contra o crime organizado no Estado e expediu ordens de prisões de grandes nomes da política e empresários de Mato Grosso. Desde setembro de 2015 sendo alvo de ameaças, é escoltada por policiais militares, que se revezam para protegê-la 24 horas por dia.  A juíza Selma Arruda vai utilizar todos os recursos cabíveis para contestar a decisão. 

O juiz federal Odilon de Oliveira pré-candidato ao senado Partido Democrático Trabalhista (PDT), às próximas eleições em Campo Grande (MS), conhecido por sentenciar traficantes internacionais e atuar em ações de combate ao crime organizado ganhou projeção nacional após ameaças de morte e a condenação de narcotraficantes tinha escolta da Polícia Federal.  Após a aposentadoria a decisão pela manutenção da escolta policial por prazo indeterminado foi garantida.

O governador Pedro Taques também teve a escolta da Policia Militar do Estado mantida durante as campanhas ao Senado Federal e depois ao governo de Mato Grosso.

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