Carga de gás de cozinha que chega a Cuiabá não supre demanda

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CAMARA VG

As consequências da paralisação dos caminhoneiros, que durou cerca de nove dias, ainda afetam a população de Cuiabá, especialmente quem precisa de gás de cozinha. A carga de GLP que chegou a Cuiabá não supre a demanda dos consumidores.

O proprietário da marmitaria Sabor Cuiabano, Luiz Roberto Santos, conta que há dois dias não consegue fazer as refeições para vender, em razão da falta do produto.

“Eu vendo em torno de 20 a 35 marmitas por dia. Sábado foi o último dia que atendi. Eu não consigo encontrar gás de maneira nenhuma. O que achei estava com preço absurdo, até de R$ 115,00”, disse.

Luiz explica que, por possuir CNPJ, tem parceria com uma distribuidora de gás e conseguiu pagar R$ 80,00 no botijão.

O presidente do Sindicato dos Revendedores de Gás GLP do Centro-Oeste em Mato Grosso (Sinergás-MT), Alan Rener Tavares, alerta que o preço da venda dos botijões de gás não é padronizado, no entanto há um preço médio orientado que hoje é de R$ 96,00.

“Hoje o preço é livre, o que temos como média e indicamos é o valor de R$ 96,00. Mas temos empresários gananciosos, que se aproveitam da escassez do produto para aumentar os preços”, disse o presidente.

Alan Rener ainda conta que a venda dos botijões, que era de R$ 20 mil por dia no Estado, hoje chega a apenas R$ 8 mil.

"Com a retomada do engarrafamento após a paralisação dos caminhoneiros a população vem comprando muito produto. O medo de que uma nova paralisação aconteça tomou conta da população que procura comprar mais botijão", disse o presidente.

O presidente do Sinergás, Alan Rener Tavares, que também é proprietário da rede Top Gás, conta que a demanda na Grande Cuiabá cresceu ao menos 15 vezes.

"Nós recebemos em torno de mil ligações por dia. Nesta semana, nós não estamos conseguindo suprir a demanda. Chegamos a receber 20 mil ligações por dia. Hoje não estamos nem fazendo mais entrega. O que chega, damos conta de atender apenas quem vem aqui na porta buscar", disse.

Segundo o presidente do sindicato, na manhã desta segunda-feira (4), uma carga de 640 botijões es esgotou em 3 horas em uma das filiais da distribuidora.

“É uma humilhação. A população ter que esperar, enfrentar fila com um botijão nas costas para comprar um item de primeira necessidade”, disse.

Carregamento

O Governo de Mato Grosso, por meio do Comitê de Crise, informou que 52 mil botijões de gás de cozinha já foram entregues em Mato Grosso. Apenas nesta segunda-feira, uma carga com  20 mil botijões de gás chegou para abastecer as principais cidades do Estado.

Desde sexta-feira (1º), os mais de 30 pontos de bloqueios foram desarticulados pela Polícia Rodoviária Federal e Exército.

A estimativa é de que o abastecimento seja normalizado ainda essa semana. O presidente do Sinergás acredita que o abastecimento na Grande Cuiabá seja regularizado em 10 dias.

 

Fonte: Mídia News

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