MPE processa Estado para impedir lançamento de esgoto em parque de Cuiabá

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CAMARA VG

O promotor Gerson Barbosa, do Núcleo Ambiental do Ministério Público Estadual (MPE), acionou nesta terça-feira (08) o Governo do Estado pelo fim do lançamento de esgoto a céu aberto no Parque Estadual 'Zé Bolo Flô', localizado no bairro Coophema, em Cuiabá.

"O Estado de Mato Grosso não adotou medidas administrativas efetivas para evitar o contínuo lançamento de esgoto e a poluição na unidade de conservação, por suas próprias entidades, manteve-se omisso", ressaltou Gerson Barbosa.

Entidades administradas pelo Estado de Mato Grosso são apontadas em um relatório elaborado pelo Centro de Apoio Operacional às Promotorias de Justiça (CAOP) como responsáveis pelo lançamento de esgoto a céu aberto no Parque Estadual "Zé Bolo Flô", localizado no bairro Coophema, em Cuiabá. Nesta quarta-feira (08), o Ministério Público Estadual, por meio da 17ª Promotoria de Justiça de Defesa Ambiental, da Ordem Urbanística e do Patrimônio Cultural, ingressou com medida judicial contra o Estado requerendo a adoção de providências.

Na ação, o MPE cobra a elaboração e execução de projeto para tratamento de efluentes que atenda o Parque Zé Bolo Flô, o Hospital Psiquiátrico Adalto Botelho, a Escola de Saúde Púbica Doutor Agrícola Paes de Barros e o Núcleo de Ofiologia; realização de limpeza e a manutenção periódica do sistema de tratamento e das instalações do parque de modo que o local cumpra as finalidades legais próprias de uma unidade de conservação de proteção integral, e com iluminação suficiente e mecanismos de segurança mínimos para favorecer a visitação.

Pleiteia ainda o pagamento de indenização à sociedade em razão dos danos causados ao meio ambiente urbano. Levantamento realizado pela 17ª Promotoria de Justiça demonstra que em 2007 a Secretaria de Estado de Meio Ambiente já havia apresentado relatório demonstrando que o sistema de tratamento existente no bairro era ineficiente. Em 2011, a Secretaria de Estado de Saúde relatou que o sistema estava cheio e prestes a transbordar devido total falta de manutenção do complexo. Em 2013, uma nova vistoria foi realizada no local mas os problemas não foram solucionados.

 

Fonte: Olhar Direto

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