O delegado Christian Cabral, titular da Delegacia de Trânsito (Deletran), afirmou nesta quarta-feira (16) que a estudante de Direito Hya Girotto Santos, de 21 anos, pode ser responsabilizada pelo atropelamento ocorrido em 23 de dezembro em frente à Valley Pub, na Avenida Isaac Póvoas, em Cuiabá.
Na ocasião, a bióloga Rafaela Screnci da Costa Ribeiro, de 33 anos, atropelou três jovens, causando a morte da universitária Myllena de Lacerda Inocêncio, de 22 anos, e do cantor Ramon Alcides Viveiros, de 25 anos. Hya é a única sobrevivente.
A estudante, que estava internada na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Geral Universitário (HGU) desde o dia 28 de dezembro, teve alta na última segunda-feira (14) e deve prestar depoimento à Polícia Civil.
“Hya teve alta e já temos a ordem de serviço para intimá-la a qualquer momento. Ela será intimada e ouvida, no máximo, até a próxima semana”, disse o delegado.
O titular da Deletran disse que não descarta a possibilidade de que Hya responda pela causa do acidente, assim como a bióloga, que conduzia um Renault Duster Oroch.
“Vamos analisar as gravações quadro a quadro, mas no primeiro momento, as imagens dão a entender que ela tem responsabilidade”, explicou.
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Da esquerda para a direira: a universitária Mylenna Inocêncio e o cantor Ramon Alcides, que morreram devido ao acidente; e a estudante Hya Girotto, única sobrevivente
De acordo com Cabral, a responsabilidade criminal dá-se pelo fato de que Hya “ficou dançando” na avenida. Dessa forma, os dois amigos teriam voltado para retirá-la do local, momento em que foram atropelados.
"Os dois já tinham concluído a travessia e ela ficou dançando sobre a faixa de rolamento. Eles voltaram para retirar [ela] e, nesse momento, foram atropelados", afirmou o delegado.
Segundo o delegado, os próximos passos dependem da oitiva com a estudante e análise das provas técnicas.
Prisão e fiança
No dia do acidente, a bióloga Rafaela Screnci foi detida pela Polícia Militar e se negou a fazer a passar pelo "bafômetro". Diante disso, uma equipe da Polícia Civil elaborou, ainda no local, um “auto de constatação de embriaguez”, uma vez que a motorista apresentaria sinais aparentes de ingestão de álcool.
Ela foi conduzida para a Central de Flagrantes para a tomada de medidas criminais e administrativas. Após ficar detida por um dia, a bióloga passou por audiência de custódia e foi liberada mediante pagamento de fiança de R$ 9,5 mil.
Recentemente, o juiz Jeverson Luiz Quinteiro aumentou para R$ 28,5 mil a fiança, atendendo a pedido do Ministério Público Estadual.
Fonte: Midia News