Vaga no TCE: ex-deputado joga a toalha, ex-presidente ganha força e promotor ‘surge’ na briga Da Redação – Carlos Gustavo Dorileo

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Poucas horas após ser divulgada a revogação da medida cautelar que impedia a Assembleia Legislativa de Mato Grosso de indicar um nome para substituir a vaga aberta com a saída de Humberto Bosaipo do Tribunal de Contas do Estado (TCE), vários nomes começaram a ser cogitados para assumir o posto, que está desocupado desde 2014. As movimentações de bastidores têm se intensificado nas últimas horas, inclusive com desistências registradas. 

Até o momento, apenas os deputados estaduais Guilherme Maluf (PSDB) e Sebastião Rezende (PSC) manifestaram interesse na vaga. Os dois inclusive já revelaram ao presidente da Assembleia Legislativa, Eduardo Botelho (DEM), a intenção de serem indicados.


 
Na “bolsa de apostas” dos bastidores do Legislativo, Maluf, que já foi presidente e primeiro-secretário da Casa de Leis, aparece mais bem contado que Rezende. O tucano vinha se articulando para concorrer à Presidência novamente na eleição realizada em 1º de fevereiro, mas recuou em nome de uma chapa de consenso encabeçada por Eduardo Botelho. O parlamentar do PSC, por sua vez, é o deputado mais experiente da Assembleia, com cinco mandatos consecutivos.
 
O principal fato novo observado desde o “descongelamento” da vaga foi o surgimento do nome do promotor de justiça Mauro Zaque como potencial postulante à cadeira de conselheiro do TCE. Contatado pela reportagem, Zaque se recusou a falar sobre o assunto e limitou-se a dizer que a competência para a indicação é da Assembleia Legislativa.
 
Zaque é ventilado como nome preferido por deputados novatos. Os estreantes na Assembleia Legislativa Delegado Claudinei Lopes (PSL) e Silvio Favero (PSL) afirmaram desconhecer a articulação pelo nome do promotor. De acordo com eles, até o momento o assunto não foi discutido entre os parlamentares de primeiro mandato.
 
Já o ex-deputado estadual José Domingos Fraga (PSC), que sempre teve o desejo de assumir a cadeira do TCE, garantiu que não pretende mais colocar seu nome na disposição da vaga, cumprindo um acordo que fez durante seu mandato.

“Eu tinha um acordo que se por acaso abrisse em 2018, quando eu ainda tinha mandato, eu colocaria meu nome, mas a partir de agora que eu fiquei sem mandato, não vejo interesse. Cheguei à conclusão que não vou colocar meu nome”, disse ao Olhar Direto.  
 
Até o presidente Botelho também teve o nome ventilado nos bastidores para assumir a vaga. Todavia, ele descartou entrar na disputa por ter acabado se reeleger como presidente da Assembleia Legislativa. O nome do deputado tem emergido como possível candidato à Prefeitura de Várzea Grande em 2020.

Ainda entre os nomes de deputados que são vistos como possíveis candidatos aparece o do deputado estadual Dilmar Dal'Bosco (DEM), atual líder do governo Mauro Mendes na Assembleia Legislativa. Apesar da especulação nos bastidores, Dal’Bosco não confirmou interesse.

Liberação para a escolha

Em decisão no último dia 31 de janeiro, o ministro Edson Fachin revogou a medida cautelar que impedia a nova indicação da Assembleia Legislativa para ocupar a vaga deixada por Humberto Bosaipo, que renunciou ao cargo de conselheiro em 2014.

O impedimento para a escolha se arrastava desde dezembro de 2014, quando o ministro Ricardo Lewandowski acatou Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) proposta pela Associação Nacional dos Auditores dos Tribunals de Contas do Brasil (Audicon).

Fonte:Olhar Direto 

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