Mendes afirma que situação da Santa Casa é intolerável e de responsabilidade da Prefeitura de Cuiabá

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CAMARA VG

O governador Mauro Mendes (DEM) criticou a situação da Santa Casa de Misericórdia de Cuiabá, que suspendeu atendimentos e cobra da Prefeitura da Capital R$ 3,6 milhões. Em entrevista concedida na noite desta terça-feira (12), Mendes lembrou que é de responsabilidade do Executivo municipal encontrar solução para o problema e afirmou que a situação está intolerável.

 “Nós temos ouvido ai muitas informações sobre a gestão da Santa Casa, nós não podemos mais tolerar esse tipo de situação em lugar nenhum, nem nas filantrópicas, nem no setor público. Se tem dinheiro público envolvido, ele tem que ser bem gasto, isso é extremamente importante. Então, quer dizer, passando a limpo essa história da Santa Casa, o município de Cuiabá que tem essa reponsabilidade objetiva de conduzir essa discussão”, avaliou Mendes.
 
De acordo com o governador, o Estado está preocupado com a situação, mas a solução tem de partir do Alencastro. “Eu fui prefeito, conheço bem esse assunto. A gestão da Santa Casa é uma gestão em um primeiro momento da Secretaria Municipal de Cuiabá porque ele é gestão plena, então ela que tem essa responsabilidade objetiva de trabalhar com a Santa Casa”, sustentou.
 
De acordo com o democrata, a gestão estadual tem outra série de questões emergenciais para resolver. “Estamos sempre abertos para o bom diálogo, a Santa Casa é centenária. Teve e tem uma contribuição de muita importância, vai merecer sim de nossa parte uma atenção, mas o Governo do Estado tem ai o hospital de Rondonópolis que teve que fazer intervenção, Sinop com intervenção. Estamos com seis meses de atraso que nós herdamos do pagamento de hospitais, oito meses de atraso no pagamento das prefeituras para a área de saúde, então nós temos uma duríssima realidade e temos ai muitos grandes problemas para nos ocupar, temos nos ocupado com eles para tentar num médio prazo construir soluções diferentes e melhores”, finalizou.
 
A paralisação
 
A Santa Casa de Misericórdia anunciou na segunda-feira (11) que paralisou os serviços hospitalares e alegou o não cumprimento do repasse de R$ 3,6 milhões da Prefeitura de Cuiabá. A liberação do recurso, de acordo com a unidade, havia sido acordada no dia 1º de março, mas não aconteceu. Pacientes oncológicos estão sendo remanejados para outras unidades, já os pacientes renais e que passam por hemodiálise estão sendo atendidos normalmente.
 
A Prefeitura de Cuiabá alegou que a Santa Casa é alvo de investigação da Delegacia Fazendária e do Ministério Público Estadual (MPE) e a Controladoria Geral do estado (CGE) teria pedido de cautela em repasses antecipados ou empréstimos à unidade de saúde.
 
Um pedido de intervenção na Santa Casa foi encaminhado, na manhã desta terça-feira (12), pela Mesa Diretora da Câmara de Vereadores de Cuiabá, ao prefeito Emanuel Pinheiro (MDB). Ao todo, a unidade filantrópica tem uma dívida de R$ 80 milhões.
 
O prefeito Emanuel Pinheiro (MDB) citou a questão humanitária e abriu a possibilidade de fazer um repasse para a Santa Casa. O emedebista esclareceu que tem compromisso com a população e sabe que muitos dependem da instituição filantrópica. Por conta do fato, após analisar os documentos, o prefeito afirmou que tomará a decisão baseado na legalidade da questão, sempre priorizando a humanização do atendimento à saúde dos cuiabanos, deixando aberta a possibilidade de fazer o repasse de R$ 3,6 milhões.

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