Amigos e familiares dão último adeus a motorista de aplicativo morto em tentativa de assalto

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ALMT TRANSPARENCIA

Amigos e familiares deram o último adeus ao motorista de aplicativo, Anderson Marcelo Lopes Caldeira, 28 anos, que morreu na noite desta quarta-feira (20), após levar um tiro na cabeça, durante uma tentativa de assalto, no bairro Serra Dourada, em Várzea Grande. O velório ocorre na tarde desta quinta-feira (21), no complexo da Capela Jardins, em Cuiabá. Abalado, o irmão de Anderson, preferiu não falar com a imprensa. Sensibilizados, cerca de 170 motoristas de aplicativos deverão fazer um cortejo fúnebre em homenagem ao jovem que perdeu a vida durante o trabalho. 

Colega de profissão, Mackenzie Nascimento, de 40 anos, reclamou da falta de segurança para motoristas de aplicativo. Segundo ele, após a morte de Anderson, outros profissionais da área de transporte de passageiros fizeram um grupo de apoio e organizaram um cortejo até o Cemitério Parque Bom Jesus, no bairro Parque Cuiabá.  

“Vamos fazer um acompanhamento fúnebre. Está provado que não tem segurança nenhuma. Imagina para uma mãe ver um filho desse jeito. O Estado e Município são obrigados a darem segurança para a população em geral”, disse.
 
Fernando Antunes trabalhou por 15 anos como mototaxista e depois seguiu para atuar com aplicativos de transporte. Durante esse período sofreu um assalto e já pensou em desistir da profissão. Ele contou que os motoristas possuem um grupo em que compartilham situações de perigo, mas apesar disso, relatou que é difícil evitar roubos. “Já pensei em desistir, mas se você ficar com medo, não trabalha”, contou. 

"A segurança que nós temos é essa aí que vocês veem todos os dias na televisão. Infelizmente, a gente não sabe qual a intenção dos nossos clientes. Para você ter uma ideia, o fato com o Anderson aconteceu de dia e muitos motoristas deixam de trabalhar à noite por medo", acrescentou. 
 
O crime

Policiais militares foram acionados por moradores do bairro Altos da Serra que viram um carro, Gol branco, em alta velocidade pela rua principal. Em um local de mata, encontraram Anderson, que havia levado um tiro na cabeça. No carro havia sangue e estilhaços de vidro.
 

Crédito: Rogério Florentino 

Na sequência, entraram em contato com o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), que relatou não ter ambulância disponível. Diante da situação do motorista, os policiais levaram Anderson até o PSM-VG, para receber atendimento médico. Anderson passou por cirurgia de emergência e ficou na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), mas não resistiu aos ferimentos e foi a óbito por volta das 9 horas.

O caso é investigado pela Delegacia de Roubos e Furtos (DERF-VG)

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