Fonte: Olhar Direto
A Comissão de Ética da Câmara de Cuiabá, que analisa o processo de cassação do vereador Abílio Junior (PSC), rejeitou os documentos apresentados por Juca do Guaraná Filho (Avante), em que ele tenta comprovar que a servidora que denunciou o prefeito Emanuel Pinheiro (MDB), por supostamente tentar armar contra o parlamentar da oposição, não esteve em seu condomínio, como consta em depoimento na Delegacia Fazendária (Defaz). Sendo assim, os papéis e imagens foram encaminhadas ao Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), responsável por apurar a questão.
“O vereador Juca do Guaraná protocolizou, na Comissão de Ética, documentos de entrada e saída do Condomínio Belvedere. Imagens de entrada e saída de pessoas próximo a casa dele. Fez o pedido para que anexasse à questão do vereador Abílio. Como indeferimos o anexo ao processo, resolvemos levar como informação complementar à notícia-crime que fizemos no Gaeco”, disse o vereador Toninho de Souza (PSD).
Além disto, a comissão também recomendou que o vereador Juca do Guaraná entregue as imagens e documentos também para a Delegacia Fazendária (Defaz), que apura a suposta compra de votos que estaria sendo coordenada pelo prefeito para a cassação de Abílio.
“Se ela [servidora] esteve na reunião citada, as imagens vão mostrar, assim como o controle da portaria. O Gaeco irá usar estas informações. Indeferimos o anexo no processo do Abílio, já que não faz parte do escopo”, finalizou Toninho de Souza.
Elizabete Maria de Almeida, servidora do Hospital São Benedito, denunciou ter recebido ordens de Cláudia de Almeida Costa, para estar no condomínio do vereador Juca, onde segundo a denunciante estava sendo armadas ações contra o vereador Abílio Junior, que passa por um processo de cassação de mandato na Comissão de Ética e Decoro Parlamentar.
Na declaração protocolada por Juca do Guaraná, Claudia de Almeida Costa, que exerce um cargo de chefia no Hospital São Benedito, pontua que não ofereceu, nem custeou modalidade de transporte à Elizabete Maria até o condomínio, conforme ela denunciou. A servidora ainda afirma que se recolheu em sua residência, no dia 21, por volta das 20h15 e só deixou sua casa no dia 22 de novembro, por volta das 19h09.
Juca acredita que a acusação é uma ação desesperada do vereador Abílio em produzir uma cortina de fumaça para cessar os efeitos da comissão processante.