Fonte: Olhar Direto
Começo a Semana da Mulher com um apelo: mais que homenagens, precisamos de mudança! Sim, todas as homenagens àquelas que transformam o mundo com força e dedicação são bem-vindas. Mas não podemos esquecer o motivo do 8 de Março: a necessária construção de um mundo mais justo para todos os gêneros.
Se estamos falando de melhorias coletivas, estamos falando também de políticas públicas. Em prol das mulheres, precisamos combater as violências de gênero (moral, patrimonial, psicológica, emocional e física), respeitar os espaços delas no mercado de trabalho (e em todos os lugares) – com salário equivalente ao do homem, repensar a responsabilidade com os filhos…
Tanto a se trabalhar para que elas usufruam a tudo que têm direito! E, nesse universo de possibilidades, quero me posicionar em defesa daquilo que me move: a Saúde Mental.
Se a vida não é fácil para os homens, imagina para as mulheres que, ainda socialmente, acumulam a chamada “dupla-jornada”. As estatísticas apontam que, na maioria dos lares brasileiros, as mulheres que são ou se sentem responsáveis pela educação dos filhos e pelo cuidado com a casa.
Nesse sentido, precisamos repensar nossa cultura e nós, enquanto homens, nos responsabilizarmos pelos afazeres que também são nossos.
Mas, enquanto essa realidade não muda, precisamos reconhecer que as mulheres são submetidas a grande pressão social e grande desgaste físico e emocional.
Como tem funcionado a rede de atendimento psicológico e social no município? Os Centros de Referência de Assistência Social (Cras) e os Centros de Apoio Psicossocial têm condições de atender a demanda? Estamos, de fato, permitindo que as mulheres sejam livres?
Enquanto homem em meu espaço particular, coloco-me a refletir minhas atitudes, se estou reconhecendo o espaço que também é da mulher. E, coletivamente, me coloco na defesa de políticas públicas que, de fato, permitam às mulheres um pouco mais de qualidade de vida.
Zidiel Coutinho Jr é suplente de vereador por Cuiabá e advogado.