Além disto, os policiais também cumprem mandado na casa do pai do namorado da adolescente, em endereço não informado. Vale lembrar que duas das armas encontradas no local estavam no nome dele, já que – segundo a versão da família – o garoto teria levado-as até a residência no dia da tragédia.
Uma das armas foi a que disparou e atingiu a cabeça da adolescente de 14 anos. A investigação da morte passou da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa para as Delegacias Especializadas do Adolescente (DEA) e de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente (Deddica).
O empresário Marcelo Martins Cestari afirmou em seu depoimento que acredita ter sido negligente ao não prestar atenção em como a arma de onde saiu o tiro foi guardada. Além disto, ele pontuou que só percebeu que a vítima havia sido atingida após a chegada do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), acreditando que ela havia sofrido uma queda no banheiro.
No dia do fato, o empresário pontuou que a família estava vendo fotos antigas e que aproveitou o momento para fazer a limpeza de duas armas, que seriam utilizadas em treinamento pelas filhas e sua esposa, já que ele iria viajar a negócios na terça-feira.
Posteriormente, o namorado da acusada chegou na residência com duas armas, que também seriam utilizadas para prática do tiro esportivo e as mostrou para todos. Marcelo pontuou que teria interesse em compra-las, mas não o havia feito.
Uma das armas era customizada e possuía um alívio de gatilho, instalação de ‘bumpers’ e apoio de dedos. O menor então teria pedido para que o empresário aliviasse o gatilho da outra arma, o que ele fez.
A arma ficou na casa da família porque o namorado da menor disse que, como estavam no nome do pai, teria ficado com receio de ser parado pela polícia. Questionado sobre o porque não prestou atenção em como o armamento foi guardado, o empresário disse se sentir negligente neste sentido, acreditando que poderia ter dado mais atenção e tomado mais cuidado na vigilância de um adolescente armado dentro da sua casa.
O caso
Segundo informações da Polícia Judiciária Civil, por volta das 22h30 Isabele já foi encontrada sem vida no banheiro da casa. A amiga informou à Polícia que efetuou o disparo acidentalmente contra a colega.
Isabele morreu com um tiro na cabeça, efetuado pela amiga ao manusear uma pistola PT 380, dentro do condomínio Alphaville I, no bairro Jardim Itália, em Cuiabá.