A maioria das mulheres de Mato Grosso não realiza os exames ginecológicos de rotina, diz pesquisas

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Foto: Ilustração/Canva
CAMARA VG

A pesquisa da varejista de medicamentos para a fertilidade, Famivita, foi realizada em 2023. A pesquisa da Famivita revelou que, em todo o país, as jovens entre 18 e 24 anos apresentam uma taxa de abandono dos exames de rotina.

De acordo com a médica ginecologista do Hospital Santa Rosa, Jessica Vitorino, o acompanhamento é indispensável para prevenir diversas patologias, como o câncer de colo do útero, de mama e de endométrio.

Gabriela Dal Mas, de 33 anos, nunca teve a opção de não ter acompanhamento ginecológico. Ela conta que, aos 17 anos, introduziu a ginecologista na sua agenda e, desde então, tem feito visitas regulares ao consultório. “Manter o acompanhamento constante é uma questão de amor próprio e autocuidado”, diz.

A ginecologista Jessica Vitorino explicou que, para cada faixa etária, são estabelecidos diferentes protocolos de atendimento. Em geral, os exames indispensáveis são a mamografia, a ultrassom de mamas, o preventivo, também conhecido como Papanicolau, e os laboratoriais de rotina.

Se forem realizados anualmente, os exames aumentam as chances de a paciente ser diagnosticada precocemente e, consequentemente, ter um tratamento mais promissor.

No entanto, a prevenção de diversas patologias não é a única vantagem de consultas regulares com médicos ginecologistas. De acordo com Jessica Vitorino, a frequência é um fator que contribui para a construção de uma relação de confiança entre as pacientes.

“Se você tiver uma boa relação com o seu médico, poderá ter mais tranquilidade em momentos delicados, como na tentativa de gravidez, na gestação e no pós-parto. Além disso, a paciente tem maior liberdade para esclarecer dúvidas. O médico deve ter a capacidade de escutar a paciente adequadamente, o que é crucial para que possamos ter um diagnóstico mais preciso. O médico adverte que não se limita a apenas ‘analisar os exames’, disse a médica.

De acordo com a médica, a relação médico-paciente é beneficiada pelas interações no consultório e pela frequência regular das consultas. “Nada de olhar exame pelo WhatsApp”, brinca.

Como paciente, Gabriela Dal Mas ressalva a importância de uma relação de confiança com o médico. É como um casamento, ou até mesmo superior… A relação em questão é de grande proximidade. No consultório, tratamos de temas e particularidades que, às vezes, somente a própria médica tem a capacidade de lidar com esses assuntos.

A ginecologista salienta que não se limitam às tentantes, gestantes e puérperas.

no início da fase adulta, por exemplo, aponta que, surgem muitas dúvidas em relação às mudanças no corpo, ao ciclo menstrual e à sexualidade. De acordo com a médica, todas elas podem ser tratadas no consultório.

“Às vezes, encontramos pacientes que estão no climatério próximo à menopausa, apresentando diversos sintomas que podem estar relacionados ao casamento, à educação dos filhos, ou à queda hormonal. Com o devido tratamento, é possível melhorar a qualidade de vida”, complementa.

A terceira idade também é um local seguro para conversar sobre a vida sexual, o histórico clínico e a prevenção de doenças ginecológicas.

A pesquisa teve abrangência nacional e foi realizada entre 19 de dezembro de 2022 e 02 de janeiro de 2023. Ao todo, 2.100 mulheres se candidataram pela internet. Para comparar os resultados entre as regiões e os estados, as respostas às perguntas afirmativas foram registradas em números, um para “sim” e zero para “não”.

 

 

Fonte: Informações/ Olhardireto