O delegado da Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO) Rafael Scatolon disse que o Comando Vermelho tem se articulado para conquistar uma posição no cenário político de Mato Grosso.
A declaração da autoridade policial ocorre após a prisão de Fagner Paello e Jonas Candido, ocorridas na manhã desta terça-feira (2) Os familiares e os advogados são, respectivamente, irmãos e advogados do suposto tesoureiro da organização criminosa. Fagner e Jonas são postulantes à vaga de vereador em Cuiabá.
A facção criminosa tem como objetivo ter uma articulação política. Em uma entrevista ao Olhar Direto, as pessoas que estão ligadas à facção defendem os interesses delas dentro do sistema político.
Scatolon ainda detalhou a participação do advogado na organização criminosa. Jonas, além de patrocinar a defesa de W.T., também adquiria móveis em seu nome para ocultar o verdadeiro proprietário.
“É um advogado que se dedica à defesa dos interesses do seu cliente, mas, também, ficou claro que era usado para lavar o dinheiro do tráfico de drogas, comprando imóveis em seu nome, para ocultar o verdadeiro proprietário”, explicou.
Apito Final
A ação policial é uma consequência da Operação W.O., que teve início na última sexta-feira (29), na Delegacia de Repressão ao Estupro. Nesta terça-feira, foram cumpridos 25 mandados de prisão e 29 de busca e apreensão, além de 33 imóveis, 45 carros e 25 contas bancárias dos investigados.
A Operação Apito Final foi criada para desmantelar um esquema de lavagem de capitais criado por integrantes de uma organização criminosa em Cuiabá. O Núcleo de Inquéritos Policiais da Capital concedeu o deferimento dos mandados judiciais e os cumprem nas seguintes cidades: Cuiabá, Chapada dos Guimarães, São José dos Quatro Marcos e Maceió (AL)
A perícia da GCCO revelou que W.T., recentemente libertado, utilizava diversos amigos, familiares e advogados que atuam como “laranjas” para adquirir imóveis, comprar e vender carros e alugar veículos.