A Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO) investiga se Alex Júnior Santos de Alencar, conhecido como “Soldado”, era responsável por administrar as “ações sociais” do Comando Vermelho (CVMT) De acordo com as investigações da Polícia Civil, o assistencialismo era composto por diversas atividades, entre elas a entrega de “sacolões” aos moradores carentes do bairro Jardim Florianópolis, em Cuiabá.
Os investigadores revelaram que os recursos para aquisição dessas cestas básicas eram provenientes do crime de lavagem de dinheiro do tráfico de drogas. Paulo Witer Farias Paelo, o WT, foi preso em ação policial e está preso no Presídio de Segurança Máxima de Maceió (AL)
O soldado é o centroavante do time de futebol amador “Amigos WT”, criado pela Polícia Civil com o objetivo de lavar dinheiro para uma facção criminosa. O jogador também é considerado o braço direito de WT.
Os policiais identificaram que ele era responsável pela administração do “Supermercado Alice” e auxiliava o grupo de criminosos sob o comando de WT, mediante a entrega de valores em espécie e a aquisição de imóveis, com o objetivo de ocultar o patrimônio.
O militar também teria usado sua companheira, Jaiane Suelen Silva de Arruda, que também foi alvo da operação, para adquirir um caminhonete Chevrolet S-10 e um Toyota Corolla. A equipe de investigação constatou que, durante a investigação, não foi possível identificar que o Soldado teve uma ocupação lícita e sua esposa recebeu, no último emprego formal, pouco mais do que um salário-mínimo.
É importante ressaltar que, no período de afastamento do sigilo bancário (01/01/2020 a 09/10/2022), “Soldado” movimentou R$ 1.007.178,54 em crédito e R$ 1.022.761,18 em débito.
Jaiana Suelen
Uma investigação realizada pela Polícia Civil revelou que Jaiane atua na organização criminosa de auxílio à lavagem de capitais.
Constatou-se que ela recebeu, no último emprego formal, um pouco mais do que um salário mínimo, cerca de R$ 1.543,23. No entanto, realizaram transações de compra e venda de dois veículos de alto valor com outra pessoa.
As investigações revelaram Guemiel Alves dos Reis, além de outros cinco veículos para os quais foi proprietário.
Os veículos em questão somam mais de R$ 100 mil e são usados por empresas de tecnologia de informação.