Líder do CV preso com 350 kg de maconha orquestrou resgate que terminou em tiroteio na UPA Morada do Ouro em 2018

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Foto: Reprodução
ALMT TRANSPARENCIA

A Polícia Federal identificou o homem de 37 anos que foi preso em uma ação conjunta, com pouco mais de 350 kg de maconha transportada em uma caminhonete Hilux furtada, na Rodovia dos Imigrantes, em Cuiabá. José Edmilson Bezerra Filho possui várias passagens criminais de tentativa de homicídio e tráfico de drogas. Segundo as forças de segurança ele figura como uma das lideranças do Comando Vermelho (CVMT).

José Edmilson foi preso no dia 17 de abril. Policiais informaram que estava transitando no veículo roubado com uma carga aparentemente excessiva. Ao ser abordado pelos policiais, foram visto 500 tabletes de maconha, o que totaliza pouco mais de 350 kg.

Foi para tentar resgatá-lo que criminosos invadiram, no dia 13 de fevereiro de 2018 – terça-feira de Carnaval – a Unidade de Pronto Atendimento (UPA), do bairro Morada do Ouro, em Cuiabá. Na ocasião, cinco pessoas ficaram feridas após agentes do Sistema Penitenciário terem reagido à investida criminosa.

Dentre os feridos estava um bebê, que à época, tinha 6 meses, a mãe, uma enfermeira, um agente e outro paciente ficaram feridos. O bebê foi baleado na mão e no peito. A criança estava com a mãe na UPA porque estava com pneumonia e precisava de atendimento.

José Edmilson, que estava preso no extinto Centro de Ressocialização de Cuiabá (CRC), por homicídio, foi levado à UPA após reclamar de dores na coluna. Como era feriado, segundo a Secretaria Estadual de Justiça e Direitos Humanos (Sejudh), que cuidava do sistema penitenciário à época, não havia médico no presídio.

Detento orquestrou o próprio resgaste

Pouco mais de dois meses após o ataque, a Polícia Civil informou que o plano de resgaste foi orquestrado por José Edmilson. Ele teve apoio de Luciano Mariano da Silva que cumpria pena na Penitenciária Major PM Zuzi Alves da Silva, em Água Boa (740 de Cuiabá). Eles teriam passado meses elaborando crime.

Sete pessoas, incluindo Luciano Mariano da Silva, foram presas na Operação Sangue Inocente deflagrada pela Polícia Civil. Os mandados de prisão foram expedidos pela 12ª Vara Criminal de Cuiabá.

Depois do ocorrido, a Secretaria Municipal de Saúde solicitou a mudança de protocolo para atendimento a presos do sistema prisional nas unidades públicas de saúde.

A audiência de custódia

No dia 18 de abril, um dia após a sua prisão, a juíza Renata do Carmo Evaristo Parreira, do Tribunal de Justiça (TJMT), converteu a prisão em flagrante dele em preventiva.

Após o fim da audiência, ele foi encaminhado a uma unidade carcerária de Mato Grosso.

 

 

Fonte: Informações/ Olhardireto