Quase uma semana após ser encontrado morto em uma região de mata próximo à Lagoa do Trevisan, em Cuiabá, o professor do salesiano Santo Antônio, Celso Odinir Gomes, de 60 anos, ainda não foi velado nem sepultado. A informação foi confirmada pela sobrinha do profissional, Laura Marques.
Laura ainda disse que uma missa em homenagem ao sétimo dia da morte do professor será realizada nesta sexta-feira (17) no Salesiano Santo Antônio.
“Não pode realizar o sepultamento, nem velório, porque o corpo ainda está passando por autopsia”, explicou Laura.
A sobrinha também disse que a família ainda está muito abalada com a situação e que não acredita na versão de que apenas os adolescentes tenham matado o seu tio.
“A família está em choque, mas a família acha difícil ser os dois adolescentes”, afirmou.
“Estamos com saudades, revoltados, incrédulos e ainda não acreditando no que aconteceu”, acrescentou Laura.
Relembre
O corpo de Celso foi localizado uma semana depois de seu desaparecimento, em uma região de mata próxima à rodovia Palmiro Paes de Barros em Cuiabá.
Segundo os delegados Mauricio Maciel e Roberto Amorim, o professor ofereceu carona para um dos adolescentes e em um determinado momento, tiveram um desentendimento no carro. Com base nas declarações de um dos adolescentes, os delegados apontam que Celso teria tentado aliciar o garoto, que não gostou e saiu do carro.
O garoto disse ainda que percorreu alguns metros a pé e, após insistência da vítima, voltou a entrar no veículo.O adolescente contou para os delegados que o professor voltou a aliciá-lo, o que levou a aplicar um mata-leão na vítima, que perdeu os sentidos.Celso recuperou os sinais vitais, o menor voltou a estrangulá-lo até a morte.
O garoto disse que matou o professor sozinho. Após matar o professor, o adolescente disse que levou o corpo sozinho para a região de mata próximo à rodovia. Os delegados alegaram que não acreditam nesta versão devido ao tamanho do professor.
Dois adolescentes foram apreendidos e dois adultos presos pela morte do professor. Contudo, os maiores de idade foram liberados ainda na sexta-feira (10) por falta de provas. Os menores, por sua vez, estão internados em uma unidade socioeducativa.