Oito dias antes da morte do sargento, o MPE solicitou a prisão do acusado por roubo a mão armada em MT

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Foto: Reprodução
CAMARA VG

Oito dias antes do assassinato do sargento da Polícia Militar, Odenil Alves Pedroso, de 47 anos, o Ministério Público Estadual (MPE) pediu à Justiça que fosse expedido o mandado de prisão do acusado do homicídio, Raffael Amorim de Brito, de 28. Odenil foi alvejado por disparos durante o trabalho na UPA Morada do Ouro, em Cuiabá, em 28 de maio.

Na decisão que o condenou a oito anos e três meses de prisão, com regime inicial fechado, por assalto a mão armada em maio do ano passado, o juiz Jurandir Florêncio de Castilho Júnior, da 8ª Vara Criminal de Cuiabá, ressaltou o risco à ordem pública, já que, na época, Raffael usava tornozeleira eletrônica e cumpria regime semi aberto.

“Paralelamente, reputo que a liberdade do acusado representa risco à ordem pública, já que mesmo cumprindo pena, monitorado eletronicamente, ele se envolveu na prática de novo crime, o que, somado às inúmeras condenações anteriores por fato análogo, demonstra que a sua permanência em liberdade mediante a imposição de medidas cautelares diversas da prisão não o impedirá de continuar a praticar infrações penais, sendo necessária a prisão do réu sobretudo no que tange à preservação da sociedade contra eventual repetição do delito pelo agente, evidenciando o periculum libertatis, além de comprovar o perigo decorrente do estado de liberdade do denunciado”, diz trecho do documento.

Como o acusado do homicídio de Odenil estava foragido, o magistrado também ressaltou que, caso Raffael permanecesse em liberdade, “possivelmente não se apresentará espontaneamente para cumprir a pena que lhe foi imposta”.

Assalto a mão armada na frente de academia 

Em 29 de maio, por volta de 20h15, na frente da academia Selva Team, no bairro Morada da Serra, em Cuiabá, Raffael e um comparsa, identificado como Muriel Rodrigues de Araújo, o “Precisoso”, roubaram um IPhone 13 e a bolsa de uma mulher, que estava com o filho de cinco anos.

“Os acusados abordaram a ofendida e sua filha criança de 5 anos de idade, e, mediante grave ameaça exercida voz de assalto e simulação de arma de fogo por baixo das camisas, Eles subtraíram os referidos bens”, consta em trecho da decisão que condenou Raffael.

Uma testemunha jogou o carro na moto em que estavam os suspeitos, que fugiram a pé. No entanto, Muriel foi localizado através do rastreamento do aparelho celular. Raffael fugou e não foi encontrado. A tornozeleira eletrônica dele teria rompido no momento em que a moto usada no crime foi atingida pelo veículo.

 

 

Fonte: Informações/ Olhardireto