Gilberto Cattani sustenta que seu ex-genro usou de seu dinheiro para mandarem executar sua filha

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Foto: Reprodução
CAMARA VG

O deputado estadual Gilberto Cattani (PL) afirmou nesta terça-feira (6) em entrevista ao Jornal do Meio Dia, da TV Vila Real, que seu ex-genro, Romero Xavier, teria financiado o assassinato de sua filha, Raquel Cattani, com o dinhero referente a um pagamento feito pelo próprio parlamentar.

De acordo com Cattani, Xavier teria recebido R$ 4 mil após realizar um serviço de conserto de cerca em sua propriedade. Esse valor, segundo a Polícia Civil, teria sido utilizado por Romero para pagar seu irmão, Rodrigo Xavier, executor do crime.

“Eu tinha um acerto para fazer com ele em dinheiro e eu fiz no mesmo dia. O acerto era de R$ 4 mil, de uma cerca que ele tinha feito para mim. Depois eu soube pela polícia que o acerto [valor pago pelo assassinato com o irmão dele era de R$ 4 mil, ou seja, ele pegou o meu dinheiro para encomendar o assassinato da minha filha”, disse o deputado.

Cattani afirmou que considerava Romero um filho porque ele era o esposo de sua filha e pai dos seus netos. Disse ainda que tratava o criminoso com o maior carinho e que quando soube do acontecido passou a desconfiar de qualquer pessoa. Porém, não podia fazer nada antes que tivesse qualquer certeza.

Dois dias após o crime, a polícia descartou, com base nas investigações preliminares, a participação de Romero no assassinato. “Ele tinha um álibi muito forte e comprovou que não estava na cena, mas tinha encomendado o crime”.

Cattani declarou que, após a polícia anunciar que Romero não estava envolvido no caso, ele decidiu manter o criminoso em sua residência por 4 dias. Essa decisão tinha como objetivo manter o suspeito próximo e auxiliar nas investigações policiais, caso fosse necessário, disse Cattani.

“Foram 4 dias com o maior sofrimento que um ser humano pode passar, mas sempre com esperança de que nós poderíamos chegar ao autor e ele pudesse cumprir tudo aquilo que a Justiça determina para quem faz esse tipo de coisa, que é muito pouco. Nós precisamos ter, inclusive, pena de morte no nosso país. Eu não tenho palavras para descrever uma pessoa dessa. É um animal e tem que ser tratado como tal. Tanto o que fez quanto o que encomendou”, declarou.

Na investigação sobre o crime, que envolveu o trabalho das Delegacias Regional, Municipal e a Especializada de Roubos e Furtos de Nova Mutum, foram entrevistadas ou interrogadas 150 pessoas, no período de seis dias de diligências.

Os policiais ouviram familiares da vítima, amigas, vizinhos, trabalhadores de empresas da região, moradores do assentamento Pontal do Marape e pessoas que mantiveram contato com o mandante do crime, o ex-marido da vítima.

Nesta terça, a Polícia Civil concluiu o inquérito e indiciou os irmãos Romero e Rodrigo Xavier Mengarde como mandante e executor, respectivamente, pelo crime. O inquérito, conduzido por meio da Seção Especializada de Defesa da Mulher de Nova Mutum, foi encaminhado ao Ministério Público e ao Poder Judiciário Estadual.

 

 

Fonte: Informações/ Olhardireto