Mulher Encontrada Morta em Porta-Malas Pode Ter Sido Assassinada por Facção Criminosa, Aponta Investigação
A Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) investiga o assassinato de Jusiley Borges Pinto, 41 anos, que teria sido morta por membros de uma facção criminosa atuante em Mato Grosso. O delegado Maurício Maciel, responsável pelo inquérito, confirmou que as evidências apontam para essa possibilidade, mas até o momento, nenhum suspeito foi preso.
Corpo Encontrado em Várzea Grande
Jusiley foi encontrada morta no porta-malas de seu próprio veículo, um Nissan Kicks, na madrugada da última quarta-feira (21), na Rodovia dos Imigrantes, em Várzea Grande. A vítima, que trabalhava em um escritório de advocacia em Cuiabá, era conhecida por “captar” processos judiciais e colaborar com vários advogados. Ela desapareceu na tarde da terça-feira (20) após informar à companheira que iria a Várzea Grande, mas não deu mais notícias, o que preocupou a família.
Ligação com Facções Criminosas
Em entrevista ao programa Cadeia Neles, da TV Vila Real, o delegado Maurício Maciel revelou que, após conversas com familiares e análise das circunstâncias, foi identificado outro local onde Jusiley pode ter sido executada. “O modus operandi do crime apresenta semelhanças com outros homicídios praticados por grupos criminosos”, destacou Maciel.
A investigação não descarta que a morte de Jusiley possa estar relacionada com sua prisão durante a Operação Ativo Oculto, deflagrada pelo Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco) no ano passado. A operação tinha como alvo o combate à lavagem de dinheiro e ocultação de bens ligados ao Comando Vermelho (CVMT). Na ocasião, Thaisa Souza de Almeida, esposa de Sandro da Silva Rabelo, conhecido como “Sandro Louco”, líder do CVMT, foi presa, e a mãe do criminoso também foi detida por posse ilegal de arma de fogo, mas liberada pouco depois.
Dinâmica do Crime
A principal hipótese da polícia é que Jusiley tenha sido morta por estrangulamento com um fio elétrico, encontrado no local do crime. Segundo o delegado, o corpo da vítima não apresentava ferimentos aparentes, o que reforça a teoria. “Desde o início, o perito criminal observou que ela não apresentava lesões contusas, sugerindo que foi morta por asfixia com um fio ou corda”, explicou Maciel.
O caso segue sob investigação, e a DHPP continua apurando as circunstâncias e motivações do crime, sem descartar nenhuma possibilidade.