Ministro do STF nega habeas corpus e mantém prisão de acusada de assassinar jovem em Mato Grosso
O ministro André Mendonça, do Supremo Tribunal Federal (STF), negou o habeas corpus solicitado por Andressa Nazário Sodré, acusada de assassinar e ocultar o corpo de Karolayne Cristina do Nascimento Neves, de 22 anos. A decisão, proferida nesta terça-feira (5), mantém a prisão da ré, que está detida há mais de 12 meses.
Segundo o Ministério Público Estadual (MPE), o crime ocorreu em 28 de abril de 2023, motivado por um relacionamento amoroso entre a vítima e um homem com quem Andressa também tinha ligação. A denúncia afirma que Andressa e seu cúmplice, Wesley Gonçalves Mota, conhecido como “Sexta-feira”, ambos pertencentes à facção criminosa Comando Vermelho, armaram uma emboscada para Karolayne enquanto ela voltava do trabalho para casa.
Em um local isolado, a dupla torturou a jovem antes de assassiná-la. O corpo de Karolayne foi encontrado em uma cova de aproximadamente três metros, na serra de Conquista D’Oeste, a 534 km de Cuiabá. O cadáver apresentava sinais de tortura, incluindo decapitação, boca amordaçada e extremidades amarradas.
A juíza Djéssica Giseli Küntzer, de Pontes e Lacerda, destacou que há indícios de que os acusados estavam envolvidos em atividades ilícitas, como o tráfico de drogas na região.
A defesa de Andressa argumentou que houve excesso de prazo na formação da culpa, citando a ausência de provas durante a investigação, o que foi reconhecido pelo Tribunal de Justiça. O pedido de revogação da prisão preventiva foi, no entanto, negado pelo ministro Mendonça, que não encontrou indícios de demora injustificada no processo, que envolve dois réus com advogados distintos.
Com a negativa ao habeas corpus, Andressa permanece presa enquanto aguarda o julgamento do caso.