Trabalhadores da Limpeza em Cuiabá Protestam Contra Atraso de Salários e Cobram Prefeito Eleito
Cerca de 300 trabalhadores da limpeza urbana de Cuiabá interromperam as atividades na manhã desta quinta-feira (7), protestando contra atrasos salariais e exigindo a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Locar Saneamento Ambiental. Reunidos no pátio da empresa, os trabalhadores direcionaram suas queixas ao prefeito eleito Abílio Brunini (PL), pedindo que ele intervenha e ponha fim ao contrato.
Nas redes sociais, circulam vídeos em que os manifestantes denunciam estar há meses sem receber pagamento. “Locar não paga funcionário. Essa empresa não pode ficar em Cuiabá,” diz um dos trabalhadores em uma gravação que viralizou.
Esse não é o primeiro protesto dos garis em Cuiabá. Em junho e julho deste ano, outra paralisação ocorreu devido à mesma questão, e os serviços de limpeza só foram retomados após uma audiência de conciliação no Tribunal Regional do Trabalho de Mato Grosso (TRT-MT). Na ocasião, a Locar acordou em pagar os valores atrasados e aumentar as verbas trabalhistas para R$ 3.240.
Posicionamento da Limpurb
Em resposta, a Empresa Cuiabana de Zeladoria e Serviços Urbanos (Limpurb) informou que o diálogo entre gerentes regionais da Locar e o Sindicato dos Empregados em Empresas de Limpeza Urbana e Áreas Verdes do Estado de Mato Grosso (SINDILIMP/MT) garantiu a continuidade dos serviços de coleta. A Limpurb assegurou que os salários serão pagos ainda nesta quinta-feira (7), em conformidade com a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), que estipula o pagamento até o quinto dia útil.
Segundo a Limpurb, embora não tenha interferência direta nas decisões da Locar, ela cobra o cumprimento dos serviços conforme o contrato firmado para evitar prejuízos à coleta de lixo. A empresa destacou seu compromisso com a transparência e a disposição para facilitar o entendimento entre a Locar e seus colaboradores.
Resposta da Locar
A Locar Saneamento Ambiental informou que a coleta de lixo começou com atraso nesta quinta-feira devido à ação do presidente do Sindilimp-MT, Wenderson Alves de Freitas, que teria bloqueado a saída dos caminhões do pátio. A empresa afirmou que considera a manifestação “ilegal e irresponsável,” pois, segundo ela, os salários e benefícios dos funcionários estão em dia.
A Locar também mencionou que existe uma decisão judicial proibindo greves no setor, resultante de mediação no Ministério do Trabalho, e afirmou que notificará as autoridades para resguardar a regularidade da coleta e evitar prejuízos à sociedade.
Confira vídeo: