Polícia Civil de Mato Grosso lança Operação Recupera para devolver celulares roubados
As Delegacias Especializadas de Roubos e Furtos (Derf) de Cuiabá e Várzea Grande deram início, nesta semana, à primeira fase da Operação Recupera, focada no rastreamento, recuperação e devolução de celulares smartphones furtados ou roubados na região metropolitana da capital.
A operação, idealizada pela Secretaria de Estado de Segurança Pública e executada pela Polícia Civil de Mato Grosso, começou na quinta-feira (14.11) com a convocação de 150 pessoas identificadas como possíveis receptadoras dos aparelhos. Durante os depoimentos nas delegacias especializadas, foram apreendidos 67 celulares.
Base em iniciativa do Piauí
O projeto mato-grossense foi inspirado em uma ação pioneira desenvolvida pela Polícia Civil do Piauí, que, no ano passado, recuperou cerca de 3.500 celulares. Para implantar a iniciativa, equipes das delegacias especializadas de Cuiabá e Várzea Grande visitaram o estado nordestino, onde conheceram as estratégias adotadas para rastrear e devolver os aparelhos aos proprietários legítimos.
Procedimento de intimação e devolução
A convocação dos possíveis receptadores ocorre via mensagem de aplicativo de mensagens, como o WhatsApp. Durante o comparecimento à delegacia, o aparelho é apreendido e o depoimento do intimado é registrado. Caso a pessoa se apresente espontaneamente, isso é levado em consideração no processo.
Após a conclusão dos trâmites investigativos, a Polícia Civil providenciará a devolução dos aparelhos aos donos.
Impacto na segurança e na vida das vítimas
De acordo com o delegado da Derf de Cuiabá, Daniel Paranhos Machado, a operação busca combater um dos crimes patrimoniais mais frequentes e devolver à população uma sensação de segurança.
“A operação pretende dar uma resposta digna ao crime de subtração de celulares, além de devolver o bem às vítimas, restituindo algo que muitas vezes é essencial em suas vidas”, destacou o delegado.
A delegada Elaine Fernandes, titular da Derf de Várzea Grande, ressaltou a relevância social da ação, principalmente para vítimas com menor poder aquisitivo.
“Para muitos, um smartphone pode parecer algo simples, mas para essas vítimas é o único aparelho que conseguiram adquirir, muitas vezes parcelado, e que ainda estavam pagando quando foram roubadas”, afirmou.
A Operação Recupera representa um esforço conjunto das forças de segurança para enfrentar o mercado de receptação de celulares e garantir que os bens retornem aos verdadeiros proprietários. A ação continua com novas fases previstas para os próximos meses.