Polícia Civil de Rondonópolis prende integrantes de facção criminosa em investigação sobre execuções e extorsões
A Polícia Civil de Rondonópolis, por meio da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), cumpriu, nesta terça-feira (26.11), mandados de prisão contra dois membros de uma organização criminosa. Os suspeitos, já detidos na Penitenciária Major Eldo Sá Corrêa, em Rondonópolis, são acusados de ordenar execuções, aplicar castigos físicos e gerenciar dinheiro proveniente de diversos crimes.
As prisões preventivas foram expedidas pela 7ª Vara Criminal de Cuiabá, com base em uma investigação conduzida pela DHPP de Rondonópolis. Entre os presos está W.H.D.L.R., de 29 anos, cuja companheira foi detida na segunda-feira (25.11) enquanto se preparava para apresentar seu trabalho de conclusão de curso de Direito em uma faculdade da cidade.
Durante a investigação, a Polícia Civil descobriu que, mesmo estando preso, W.H.D.L.R. continuava a participar ativamente de grupos em aplicativos de mensagens, mantidos com membros de facções criminosas de outros estados. Nesses grupos, o criminoso liderava “julgamentos” e determinava punições, incluindo execuções em Goiás e Paraná. Ele também encorajava outros membros da facção a cometerem crimes sem temer as consequências legais.
Outro preso na mesma operação é V.B.C., de 30 anos, que também estava custodiado na Penitenciária de Rondonópolis. Ele foi identificado como membro disciplinador da facção, responsável por aplicar torturas e recolher dinheiro de comerciantes sob a ameaça de violência, a título de “segurança”.
A investigação também revelou o papel de P.M.K., de 29 anos, esposa de W.H.D.L.R., que gerenciava o dinheiro obtido por meio de atividades ilícitas, como tráfico de drogas, contrabando de cigarros e extorsão de comerciantes. Os valores eram administrados por ela sob a coordenação do marido.
Os três envolvidos foram indiciados por integrar organização criminosa, crime cuja pena pode alcançar até oito anos de prisão. O delegado João Paulo Praisner destacou que os indiciados têm uma longa ficha criminal e, há vários anos, adotam a criminalidade como meio de vida, sendo considerados de alta periculosidade.
A operação segue sendo investigada, e novas diligências podem ser realizadas.