A PRF aponta que o estado tem 625 pontos vulneráveis à exploração sexual de menores em rodovias, de acordo com o estudo

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Foto: Assessoria
CAMARA VG

Mato Grosso tem 625 pontos vulneráveis à exploração sexual de crianças e adolescentes nas rodovias federais, aponta projeto da PRF

Mato Grosso registrou 625 pontos vulneráveis à exploração sexual de crianças e adolescentes (ESCA) nas rodovias federais, conforme o mapeamento de 2023/2024 do Projeto MAPEAR, desenvolvido pela Polícia Rodoviária Federal (PRF) em parceria com a organização Childhood Brasil. Esse número representa um aumento de 140% em relação à edição anterior, de 2021/2022, quando foram identificados 260 pontos vulneráveis.

Crescimento alarmante

O crescimento se intensifica ao compararmos com os dados da primeira edição do projeto, realizada em 2017, que havia registrado 106 pontos. Esse aumento, de 489%, destaca a crescente preocupação com a exploração sexual ao longo das rodovias no estado.

Os pontos mapeados foram classificados em quatro categorias de risco: crítico, alto risco, médio risco e baixo risco. Em Mato Grosso, os números são os seguintes:

  • Crítico: 48

  • Risco alto: 129

  • Risco médio: 230

  • Risco baixo: 218

Locais mais vulneráveis

Os locais mais identificados como pontos de risco são postos de combustíveis, pontos de alimentação, bares, hospedarias e prostíbulos. A rodovia BR-163 se destaca como a mais afetada, com 223 pontos vulneráveis. Confira os números detalhados:

  • BR-163: 223 pontos

  • BR-070: 172 pontos

  • BR-364: 99 pontos

  • BR-174: 74 pontos

  • BR-158: 57 pontos

Além disso, os principais municípios com maior número de pontos vulneráveis incluem Barra do Garças (41), Sinop (39), General Carneiro (31), Pontes e Lacerda (30), Rondonópolis (29), Diamantino (28), Nova Xavantina (28), Primavera do Leste (26), Campo Verde (24) e Cuiabá (24).

Panorama regional

O estudo também revela que a região Centro-Oeste teve uma redução nos pontos críticos em relação ao mapeamento anterior. A porcentagem de pontos classificados como críticos passou de 7,5% para 6,2%, e os pontos de alto risco diminuíram de 20,7% para 19%. Por outro lado, os pontos de baixo risco aumentaram de 38,6% para 39,6%, o que é um indicativo positivo de segurança ao longo das rodovias federais da região.

Panorama nacional

Em nível nacional, o projeto mapeou 17.687 pontos vulneráveis à ESCA em todo o Brasil, um aumento de 83,2% em relação à edição anterior. Desses, 807 foram classificados como críticos (4,6%), 2.566 como de alto risco (14,5%), 5.237 como de médio risco (29,6%) e 9.077 como de baixo risco (51,3%). Apesar do grande aumento no número total de pontos, houve uma redução substancial nos pontos críticos e de alto risco. Estados como Minas Gerais e Piauí destacam-se com o maior número de pontos identificados.

Esse cenário evidencia a necessidade de reforço nas ações de prevenção e combate à exploração sexual infantil e adolescente nas rodovias federais, a fim de garantir a segurança e os direitos das crianças e adolescentes no estado e no país.

 

 

Da redação com informações do Olhar Direto