O homem que colocou bombas em supermercados de Rondonópolis foi sentenciado a 51 anos de reclusão

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Foto: Reprodução
CAMARA VG

Homem é condenado a mais de 51 anos de prisão por extorsão e atentados com explosivos em Rondonópolis

R.M.O., investigado por extorsão qualificada e quatro tentativas de homicídio relacionadas à instalação de artefatos explosivos em dois supermercados de Rondonópolis, foi condenado a 51 anos e cinco meses de prisão. A sentença foi publicada nesta terça-feira (17).

A decisão foi assinada pelo juiz Leonardo Tumiati, do Tribunal do Júri da Comarca de Rondonópolis, que determinou a manutenção da prisão do réu. Segundo o magistrado, não há justificativa para que ele recorra em liberdade.

Investigação detalhou ações criminosas

A Delegacia Especializada de Roubos e Furtos (Derf) de Rondonópolis concluiu o inquérito em abril de 2023. O acusado foi indiciado pelos crimes que resultaram em ferimentos graves em duas vítimas, além de colocar outras vidas em risco. Os artefatos explosivos utilizados tinham alto potencial lesivo, capaz de causar mortes.

A investigação apontou que R.M.O. planejou minuciosamente o crime, incluindo o estudo da fabricação das bombas, a aquisição de equipamentos eletrônicos e até formas de evitar a rastreabilidade do dinheiro, caso a extorsão fosse bem-sucedida.

Explosões e prisão

No dia 4 de abril de 2023, uma das bombas explodiu em um supermercado no bairro Vila Operária, ferindo quatro pessoas, duas delas gravemente. Outro artefato foi instalado em uma loja da mesma rede no Jardim Tropical, mas não chegou a explodir. A Polícia Civil localizou o dispositivo e equipes especializadas realizaram a detonação segura.

R.M.O. foi preso preventivamente em 12 de abril do mesmo ano, em sua residência no Residencial Farias. No local, a polícia apreendeu materiais usados na fabricação das bombas, como pólvora, mecanismos eletrônicos de detonação à distância, munições e uma motocicleta utilizada nos crimes. Os itens foram encaminhados para perícia na Politec.

Confissão do crime

Durante o interrogatório, o acusado confessou a autoria dos atentados e afirmou ter agido sozinho. Ele revelou detalhes do planejamento, incluindo a instalação dos explosivos em 31 de março e a tentativa de detoná-los quatro dias depois, após os proprietários dos supermercados se recusarem a pagar a quantia exigida na extorsão.

Colaboração entre unidades policiais

A investigação contou com o apoio da Delegacia Regional de Rondonópolis, da Delegacia de Homicídios e da Diretoria de Inteligência da Polícia Civil. Segundo as autoridades, o caso serve de alerta sobre os riscos e a gravidade de crimes envolvendo explosivos e extorsão.

 

 

Da redação com informações do PJC-MT