2024: Ano de Crimes Brutais Marcados por Facções Criminosas em Mato Grosso
O ano de 2024 foi marcado por uma escalada de violência em Mato Grosso, com crimes brutais relacionados ao tráfico de drogas e à atuação de facções criminosas. Entre os casos de maior repercussão, destacam-se o assassinato das irmãs Rayane Alves Porto, 25 anos, e Rithiele Alves Porto, 28 anos, em Porto Esperidião, e a execução de Anderson Adriano Filippi, 20 anos, em Sorriso.
Crimes com requintes de crueldade
Em fevereiro, a disputa pelo controle do tráfico de drogas resultou na morte de Ítalo de Souza Reis, 20 anos, em Porto Esperidião. O jovem foi assassinado no dia 27, em um confronto entre facções rivais. A Polícia Civil prendeu dois suspeitos pelo crime.
Outro caso de extrema violência ocorreu em junho. Anderson Filippi, de 20 anos, foi sequestrado e morto no dia 18, em Sorriso, por ser primo de um integrante de uma facção rival. O corpo de Anderson foi localizado dias depois, em 23 de junho, em uma área rural.
Já em agosto, Thorgalty Santos Teixeira, de 21 anos, foi sequestrado e assassinado com golpes de marreta na cabeça, em Campo Novo dos Parecis. Quatro suspeitos foram presos sob a acusação de envolvimento no crime, que teria motivação ligada à participação do jovem em uma facção criminosa.
Vítimas sem ligação com facções
Entre os episódios mais brutais do ano está o assassinato das irmãs Rayane e Rithiele Alves Porto, em 14 de setembro, em Porto Esperidião. Mantidas em cativeiro, as irmãs foram torturadas de forma cruel antes de serem mortas. Elas tiveram os cabelos e dedos cortados e foram golpeadas até a morte por integrantes do Comando Vermelho, sob ordens de um detento que assistiu ao crime por videochamada.
O motivo para a execução foi a publicação de uma foto em que as irmãs faziam um gesto interpretado como uma associação ao Primeiro Comando da Capital (PCC), grupo rival. As investigações apontaram, no entanto, que Rayane e Rithiele não tinham qualquer ligação com facções criminosas.
Mais casos chocantes
Em setembro, Gabriela da Silva Pereira, de 16 anos, foi encontrada morta em Cáceres com sinais de violência. A jovem, supostamente ligada ao PCC, foi vítima de outro crime que evidenciou o domínio das facções na região.
Também em setembro, Douglas de Moraes, de 36 anos, foi emboscado e morto em Campo Novo dos Parecis, devido a uma dívida de drogas. Em outubro, pai e filho, identificados como Raimundo Rodrigues, 43 anos, e Thiago Ventura, 18 anos, foram encontrados carbonizados em um carro em Várzea Grande. As vítimas foram julgadas pelo “tribunal do crime” antes de serem algemadas e queimadas.
O último caso de destaque ocorreu em novembro, quando Gabriel Martins Pereira, de 25 anos, foi encontrado morto em Cuiabá, com sinais de tortura, facadas e tiros. Suspeito de envolvimento com o tráfico e facções criminosas, sua morte levanta a hipótese de um acerto de contas.
Efeito dominó da violência
Os crimes registrados ao longo de 2024 expõem a brutalidade e a influência das facções criminosas em Mato Grosso. Enquanto as investigações avançam, autoridades reforçam a necessidade de um combate mais intenso ao tráfico de drogas e ao domínio territorial desses grupos para tentar conter a onda de violência que assola o estado.