Polícia investiga se rapper foi assassinada por fazer “sinal de facção” em foto em suas redes sociais

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Foto: Reprodução
ALMT TRANSPARENCIA

Rapper encontrada morta no Rio Cuiabá pode ter sido assassinada em represália por postagens nas redes sociais, diz Polícia Civil

A Polícia Civil de Mato Grosso investiga a hipótese de que a rapper Laysa Moraes Ferreira, de 30 anos, conhecida como ‘La Brysa’, tenha sido assassinada em represália a postagens em que fazia sinais com as mãos associados a facções criminosas. O corpo da artista foi encontrado no Rio Cuiabá na última quinta-feira (9), enrolado em um tapete, com uma lata de tinta contendo concreto.

De acordo com a Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), Laysa pode ter sido executada por membros de uma facção rival à supostamente mencionada nos gestos registrados nas fotos. A hipótese, entretanto, segue em investigação, e até o momento não há indícios de ligação da rapper com organizações criminosas.

Trajetória e redes sociais

Natural de Mato Grosso do Sul, Laysa mudou-se para Mato Grosso em 2024 para impulsionar sua carreira como MC. Além de ser uma figura conhecida nas batalhas de rima, também atuava como poetisa e compositora.

Nas redes sociais, Laysa publicava com frequência fotos em que aparecia fazendo gestos com as mãos. Investigadores apontam que essas imagens podem ter gerado uma interpretação equivocada sobre sua possível associação a facções. Autoridades de segurança têm alertado a população sobre os riscos de postar conteúdos desse tipo, devido ao aumento de mortes de inocentes relacionadas a essas situações.

Desaparecimento e descoberta do corpo

Laysa estava desaparecida desde o dia 3 de janeiro. Após tentativas frustradas de contato, amigos foram até sua residência, no bairro Santa Isabel, e encontraram a porta destrancada, com todos os pertences da artista no local. Desde então, buscas foram iniciadas pela polícia.

O corpo foi localizado no Rio Cuiabá no dia 9. A Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec) constatou que a causa da morte foi afogamento, indicando que Laysa estava viva quando foi jogada na água. Segundo o delegado Bruno Abreu, foi encontrada areia nos pulmões da vítima, o que reforça essa conclusão.

As investigações continuam, e a Polícia Civil trabalha para identificar os responsáveis pelo crime. O caso trouxe à tona mais uma vez a preocupação com a segurança nas redes sociais e o impacto de publicações aparentemente inofensivas em contextos de violência urbana.

 

 

Da redação com informações do Olhar Direto