O subtenente aposentado da Polícia Militar Elias Ribeiro da Silva, de 54 anos, será transferido para o Batalhão de Operações Especiais (Bope) em Cuiabá, após a prisão preventiva decretada por envolvimento no assassinato de Claudemir Sá Ribeiro, de 26 anos, em Colniza. O crime, ocorrido no dia 24 de março, foi registrado por câmeras de segurança do bar onde a vítima foi executada à queima-roupa por Elias.
O juiz Guilherme Leite Roriz determinou a transferência de Elias para o Bope, levando em conta uma normativa da Corregedoria da Polícia Militar que estipula que militares aposentados ou afastados de unidades de ensino sejam custodiados em unidades de operações especiais. Além disso, Elias foi exonerado de seu cargo de diretor da Escola Militar Tiradentes, onde estava lotado na época do crime.
Em sua decisão, o juiz Roriz afastou a possibilidade de legítima defesa, argumentando que a suposta participação da vítima em facção criminosa não justifica que o policial tenha agido de forma autônoma. O juiz também destacou que o caso deveria ser tratado pelas autoridades competentes, como a Polícia Civil e o Ministério Público, e não com “justiça com as próprias mãos”.
A prisão preventiva foi considerada necessária para garantir a ordem pública e evitar a repetição de condutas criminosas. Além disso, foi autorizada uma busca e apreensão na residência de Elias para investigar mais a fundo possíveis objetos ou provas relacionadas ao crime. A defesa do acusado havia solicitado liberdade provisória ou, caso fosse mantida a prisão, a transferência para um estabelecimento militar próprio.
Elias continuará sob custódia enquanto a investigação prossegue.
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