Conglomerado de Tecnologia Entra em Recuperação Judicial por Dívidas de R$ 19 Milhões e Culpa Governo

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Foto: Reprodução
ALMT TRANSPARENCIA

O juiz Márcio Aparecido Guedes, da 1ª Vara Cível de Cuiabá, concedeu recuperação judicial ao Grupo HPAR, conglomerado formado por seis empresas de tecnologia com sede em Cuiabá e no Piauí. A medida foi tomada para renegociar dívidas que somam R$ 19 milhões, após o grupo enfrentar dificuldades financeiras devido a um impasse contratual com o Governo do Piauí. A decisão foi proferida no último dia 20 de março.

O grupo inclui as empresas Globaltask Tecnologia e Gestão S.A., Piauí Conectado S.A., SPE Piauí Conectado S.A., Bao Bing Infraestrutura de Redes S.A., H. Tell Telecom Soluções em TI S.A. e H Print Reprografia e Automação de Escritório Ltda. O pedido de recuperação judicial foi formalizado no ano passado, após uma redução de 65% nos repasses mensais do governo estadual para o projeto “Piauí Conectado”, que visa expandir a infraestrutura digital no estado. Mesmo após uma decisão favorável que determinava o restabelecimento dos pagamentos e a quitação das pendências, o governo estadual recorreu, conseguindo suspender os efeitos dessa decisão.

Com a inadimplência, o grupo enfrentou uma queda significativa em sua receita, comprometendo sua sustentabilidade financeira. O relatório anexado ao processo confirmou que as empresas atendem aos critérios para a recuperação judicial, como a regularidade de suas atividades por mais de dois anos e a ausência de falência ou recuperação anterior nos últimos cinco anos.

Após avaliar o caso, o juiz decidiu conceder a recuperação judicial, permitindo que o Grupo HPAR reorganize suas finanças e busque a renegociação de suas dívidas sob supervisão judicial. A decisão também determinou a suspensão das execuções contra as empresas e a necessidade de apresentar um plano de recuperação que será submetido à aprovação dos credores.

Esta não é a primeira vez que uma das empresas do grupo enfrenta dificuldades financeiras. Em 2014, a HPrint entrou em recuperação judicial, com um passivo superior a R$ 9 milhões. Após a conclusão desse processo, a empresa foi incorporada ao conglomerado, que agora enfrenta uma nova crise financeira.

FONTE – RESUMO