Sandro Louco tem pena unificada em 215 anos e segue isolado em ala de segurança máxima da PCE

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Foto: Reprodução
ALMT

O juiz Geraldo Fidelis Neto, da Vara de Execuções Penais de Cuiabá, atualizou nesta quarta-feira (9) a pena do líder do Comando Vermelho em Mato Grosso, Sandro Silva Rabelo, conhecido como “Sandro Louco”, para um total de 215 anos, cinco meses e 10 dias de prisão em regime fechado. A decisão também manteve o criminoso isolado no Raio 8, setor de segurança máxima da Penitenciária Central do Estado (PCE), onde cumpre pena por diversos crimes, incluindo homicídio, tráfico de drogas, lavagem de dinheiro e organização criminosa.

A atualização da pena ocorreu após recurso da defesa que contestava a decisão anterior de transferi-lo ao regime disciplinar diferenciado. Os advogados alegaram ausência de novos fatos que justificassem a medida e apontaram cerceamento de defesa. No entanto, o juiz refutou os argumentos e considerou a permanência de Sandro no Raio 8 essencial para preservar a ordem no sistema prisional.

Sandro foi mantido em regime de segurança máxima após sete celulares serem encontrados em sua cela entre dezembro e janeiro. Investigações apontam que ele continuava coordenando ações criminosas de dentro do presídio, incluindo o controle do chamado “Mercadinho da PCE”, esquema que movimentava cerca de R$ 75 mil por mês em favor da facção.

Relatórios da Polícia Civil e da Coordenadoria de Inteligência Penitenciária indicam ainda que o preso recebeu mais de 140 ligações da esposa em apenas 19 dias e estaria envolvido na articulação de uma rebelião, conforme sugeria um bilhete apreendido em sua cela. A movimentação coincidiu com a sanção da Lei da Tolerância Zero, de janeiro, que endureceu o combate ao crime organizado no estado.

Apesar da defesa alegar abuso de autoridade e pedir seu retorno ao convívio comum, o Ministério Público defendeu sua permanência no regime disciplinar e o juiz manteve as restrições: cela individual, visitas quinzenais monitoradas, banho de sol de duas horas por dia e sem contato com membros da facção.

A transferência de Sandro Louco para uma penitenciária federal foi descartada. O Raio 8 foi considerado suficiente para isolar e controlar detentos de alta periculosidade.

FONTE – RESUMO