Deputado alerta que produtores de soja enfrentam risco de prejuízo com interdição da BR-174

0
13
Foto: Assessoria/ALMT
ALMT

A interdição da BR-174, nas proximidades do município de Comodoro (MT), tem gerado graves impactos para o escoamento da produção agrícola e pode resultar em perdas significativas para produtores de soja da safra 2024/2025. A denúncia foi feita pelo deputado estadual Valmir Moretto (Republicanos), que representa a região Oeste de Mato Grosso.

Segundo o parlamentar, muitos armazéns já estão no limite da capacidade e há produtores com lavouras prontas para colheita que não conseguem escoar os grãos. O bloqueio da rodovia, que já dura quase uma semana, foi determinado pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) após a identificação de um processo erosivo que comprometeu a estrutura da pista e do aterro.

“Os armazéns estão cheios, e a produção pronta para colheita não tem para onde ir. Caminhoneiros estão recusando fazer o frete. O prejuízo está se acumulando”, afirmou Moretto.

De acordo com ele, cerca de 30% da produção de soja da região depende da BR-174 como principal rota de transporte. As rotas alternativas sugeridas pelo DNIT somam mais de 120 km de estradas não pavimentadas, com condições precárias, incluindo trechos com serras, areia fofa e atoleiros.

Vídeos gravados por caminhoneiros mostram veículos atolados e sendo guinchados em trechos íngremes. Segundo o deputado, há registros de grãos apodrecendo durante o trajeto devido ao tempo excessivo de transporte.

A situação também pressiona os produtores financeiramente. Com o encarecimento do frete — que, segundo relatos, subiu cerca de R$ 5 por saca — e a dificuldade de logística, muitos devem acabar vendendo o grão a preços menores. O prazo para entrega da safra a empresas tradings, que financiaram o plantio, se encerra em 30 de abril.

“Se não conseguirem cumprir esse prazo, o produtor não recebe. E aí o prejuízo será ainda maior. A BR está isolando comunidades, paralisando ambulâncias e impedindo até o transporte escolar. É urgente que o DNIT resolva isso em até 72 horas”, cobrou o deputado.

FONTE – RESUMO