“Buscamos justiça, não vingança”, afirma o irmão da vítima que foi morto com um disparo na cabeça em MT

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Reprodução/ Cadeia Neles
ALMT TRANSPARENCIA

Família pede justiça por morador de rua morto por procurador em Cuiabá

Familiares de Ney Muller Alves Pereira, morto com um tiro na testa na noite da última quarta-feira (9), cobram justiça pelo crime que chocou a capital mato-grossense. O autor do disparo foi o procurador Luiz Eduardo Figueiredo Rocha e Silva, que está sendo investigado pelo homicídio.

O irmão da vítima, David Alves, falou publicamente sobre o caso em entrevista ao programa Cadeia Neles, da TV Vila Real, na manhã desta sexta-feira (11). Emocionado, David destacou que a família não busca vingança, mas justiça.

“A gente não quer vingança, a gente quer justiça”, declarou. “Quero fazer aqui um apelo às autoridades constituídas do Estado do Mato Grosso: que venham também fazer coro com a gente por justiça”, completou.

Ney Muller, que vivia em situação de rua, foi baleado por volta das 21h, na Avenida Edgar Vieira, no bairro Boa Esperança. Segundo as investigações iniciais, o crime teria sido motivado por um suposto dano que a vítima teria causado ao veículo do procurador, uma Land Rover, no Posto Matrix.

Diagnosticado com transtornos mentais desde os quatro anos de idade, Ney passou por tratamento em diversas instituições ao longo da vida. A família reforça que, apesar da situação de vulnerabilidade em que ele vivia, Ney era um ser humano com uma história e dignidade.

“Isso não pode ser mais um número na estatística, um morador de rua, um qualquer, uma pessoa que não tem valor algum para a sociedade. Não. Era uma vida, e uma vida não pode ser ceifada dessa forma”, desabafou o irmão.

De acordo com a dinâmica do crime, o procurador se aproximou de Ney em seu carro e o chamou. Quando a vítima se aproximou, foi atingida com um tiro na testa. O autor do disparo fugiu logo em seguida.

O caso está sendo investigado pelas autoridades, e a sociedade aguarda os desdobramentos da apuração. A expectativa da família e de organizações de direitos humanos é de que o crime não fique impune.

 

 

Da Redação com informações do Midia News