Expulsão de Dedé amplia lista de lances polêmicos contra brasileiros diante do Boca Juniors

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CAMARA VG

A expulsão de Dedé após um choque involuntário com o goleiro Andrada – mesmo após o uso do VAR – causou revolta entre jogadores e torcedores do Cruzeiro e ampliou a lista de lances polêmicos contra clubes brasileiros em partidas contra o Boca Juniors.

As equipes do Brasil têm um histórico recente de reclamações quando enfrentam o clube argentino – seja como visitante, em Buenos Aires, ou como mandante, em uma relação que inclui equipes como Palmeiras, Corinthians, Fluminense e Grêmio.

 

2000 – Palmeiras 0 (2) x (4) 0 Boca Juniors – final da Libertadores

 

Buscando o bicampeonato sul-americano, o Palmeiras chegou ao Palestra Itália em boas condições após um empate em 2 a 2 na ida, mas deixou seu estádio lamentando a perda do título e a arbitragem polêmica do paraguaio Epifanio González. Os brasileiros alegaram que o juiz deixou de marcar um pênalti em Asprilla no começo do segundo tempo e também não assinalou penalidade máxima em Pena, atingido pelo goleiro Córdoba.

A partida acabou empatada em 0 a 0, e nos pênaltis o Boca venceu por 4 a 2 – encerrando um jejum de 22 anos sem conquistar o principal torneio de clubes da América do Sul.

Em 2000, Boca Juniors vence Palmeiras no pênaltis e é campeão da Libertadores

2001 – Boca Juniors 2 x 2 Palmeiras – semifinal da Libertadores

Após perder a final do ano anterior para o mesmo Boca Juniors, nos pênaltis, com arbitragem polêmica no Palestra Itália, o Palmeiras reencontrou os argentinos nas semifinais da Libertadores de 2001. E mais uma vez a atuação do juiz foi motivo de reclamação para os brasileiros, que deixaram a Bombonera revoltados com Ubaldo Aquino, acusado de ignorar um pênalti sobre Fernando e de conceder uma penalidade máxima de forma equivocada para os argentinos.

Aquela partida de ida terminou empatada em 2 a 2, mesmo resultado da volta – quando os argentinos venceram novamente nos pênaltis e avançaram à final, conquistando o bicampeonato sobre o Cruz Azul.

2007 – Boca Juniors 3 x 0 Grêmio – final da Libertadores

O Grêmio visitou o Boca Juniors na partida de ida da final de 2007 e deixou o lendário estádio derrotado por 3 a 0, mas também reclamando de um favorecimento do árbitro aos donos da casa. O uruguaio Jorge Larrionda foi acusado de ter falhado ao não assinalar impedimento no primeiro gol da partida, marcado pelo atacante Palacio em um lance em que ele e Palermo, que deu a assistência, foram lançados em posição irregular, após cobrança de falta.

Riquelme e Patrício (contra) viriam a balançar as redes depois do lance polêmico, e o Boca viajou ao Rio Grande do Sul com uma confortável vantagem. Na volta, ainda venceu por 2 a 0 e sagrou-se campeão sul-americano novamente. O comandante gremista, na época, era Mano Menezes – hoje técnico do Cruzeiro.

2012 – Boca Juniors 1 x 0 Fluminense – quartas de final da Libertadores

O Fluminense também deixou a Bombonera, após jogo de ida pelas quartas de final, reclamando da arbitragem do colombiano José Buitrago. Os cariocas alegaram que o juiz errou ao não dar um pênalti contra o Boca Juniors ainda no primeiro tempo do confronto, quando Roncaglia atingiu a bola com o braço dentro da área – o que poderia ter, ainda, causado a expulsão do argentino.

O Fluminense foi derrotado por 1 a 0 naquele confronto e, após empate em 1 a 1 na volta, foi eliminado. O Boca avançou à final, quando foi derrotado pelo Corinthians.

Fluminense perde para o Boca Jrs por 1 a 0 em jogo com arbitragem confusa

2013 – Corinthians 1 x 1 Boca Juniors – oitavas de final da Libertadores

Um ano depois de derrotar os argentinos na final, o Corinthians reencontrou o Boca Juniors nas oitavas de final de 2013. E, após perder por 1 a 0 na ida, na Bombonera, os brasileiros saíram do Pacaembu revoltados com a atuação do paraguaio Carlos Amarilla. Os corintianos tiveram uma lista de reclamações contra a arbitragem, a começar por um gol anulado de Romarinho e um pênalti não marcado de Marín – que já tinha cartão amarelo e colocou a mão na bola. No segundo tempo, o árbitro anulou um gol de Paulinho, marcando falta, e deixou de marcar uma penalidade máxima em cima de Emerson Sheik.

O Boca Juniors conseguiu segurar o empate em 1 a 1 e garantiu uma vaga nas quartas de final, quando foi eliminado pelo Newell's Old Boys.

 

 

Fonte: G1 Globo

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